Na tentativa de se livrar da pecha de partido fisiológico, de olho apenas em cargos, a cúpula do PMDB entregou nesta quarta-feira (9) à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, documento com sugestões para o programa de governo. Entre as propostas, o partido sugere a ampliação do programa Bolsa-Família. No próximo sábado, o PMDB faz convenção para oficializar o nome do presidente do partido e da Câmara, deputado Michel Temer (SP), como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pela petista.

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"Isso (programa) vai consolidando a ideia de que tem claramente uma aliança político-eleitoral-programática, que é baseada em tópicos programáticos para o País", resumiu Temer.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, explicou que a ex-ministra vai receber as sugestões programáticas de todos os partidos que apoiam a sua candidatura. A ideia é, até o fim de julho, elaborar o programa de governo de Dilma Rousseff com a incorporação das propostas dos partidos aliados."O programa da Dilma vai refletir o modelo de coalizão, vai reunir a média das propostas apresentadas", disse Dutra. "O programa que vai ser da chapa Dilma/Temer não é de um partido. É um programa que sairá da preocupação colocada pelos diversos partidos", explicou.

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Tanto Dutra quanto Temer minimizaram as divergências existentes entre os programas dos dois partidos. "Não vi nenhuma proposta antagônica", afirmou o presidente do PT.

Uma das principais diferenças diz respeito à área econômica. Enquanto o PMDB é favorável a uma maior participação da iniciativa privada, o PT defende um Estado mais forte.