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No atual cenário político, o principal concorrente do PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018 é o PMDB. A sigla saiu das eleições municipais como a segunda força do país. Ganhou o maior número de prefeituras (1.028) – a maioria de municípios pequenos. Também comanda a Presidência da República e conta com as bancadas mais expressivas de deputados e senadores. E está organizado em praticamente todas as cidades brasileiras. Os peemedebistas se beneficiam ainda do enfraquecimento do PT e da esquerda de um modo geral. O problema será unificar o partido em torno de um nome de consenso e aumentar a popularidade do governo do presidente Michel Temer.

Embora afirme que não vai concorrer à reeleição, Temer é o nome natural do PMDB para 2018. “Mas ele teria de fazer um governo exitoso. Hoje, a popularidade do presidente é muito baixa”, diz o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Pesquisa Ibope divulgada no último dia 4 mostrou que sua gestão é aprovada por apenas 14% dos brasileiros.

Monteiro afirma ainda que o principal desafio do PMDB é escapar da tradicional lógica da sigla de agir como uma federação de líderes regionais. Desde 1994, quando lançou Orestes Quércia, o partido não tem candidato ao Planalto. Prefere manter a autonomia de seus líderes estaduais para fechar suas próprias alianças a estar unido nacionalmente.

Situação da esquerda

A cientista política Maria do Socorro Braga, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), afirma que o PT se enfraqueceu expressivamente nas eleições municipais (o partido conquistou 61% menos prefeituras do que em 2012). “O [ex-presidente] Lula ainda tem força política, mas está muito desgastado. E também depende da questão jurídica para concorrer [à Presidência]”, diz Maria do Socorro. Lula pode virar ficha-suja se for condenado nos processos da Lava Jato a que responde na Justiça.

Ela afirma ainda que o PT vive uma crise interna que pode levar lideranças a abandonar o partido, enfraquecendo-o ainda mais. “O futuro do PT para 2018 também vai depender da atuação como oposição ao governo Temer”, diz a cientista política.

Diante das atuais circunstâncias, já se fala na possibilidade de o PT se aliar a outras siglas de esquerda para lançar um candidato à Presidência alternativo. O nome mais cotado atualmente é o do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).

Outros concorrentes

Um partido que se animou com os resultados da eleição foi o PSD, que agora sonha em disputar a Presidência com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que é filiado à sigla.

No campo da esquerda, a Rede deve insistir em Marina Silva – que concorreu ao Planalto em 2010 e 2014. Mas o desempenho do partido foi fraco nas eleições municipais. E importantes líderes da sigla se desfiliaram do partido na segunda-feira passada criticando a postura centralizadora de Marina.

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