Um recadastramento iniciado nesta semana deve cortar em mais da metade o número de filiados do PMDB de Curitiba. O partido tem 11.157 membros na capital, segundo registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa de Doático Santos, coordenador do recadastramento e membro da comissão provisória que preside o diretório municipal, é de que o número de membros não ultrapasse 5 mil depois do fim dos trabalhos.
O pente-fino deve excluir quem faltou a três convenções consecutivas sem apresentar justificativa. Eles poderão se recadastrar. O último recadastramento ocorreu há 10 anos e, segundo Santos, eliminou cerca de 20 mil filiados inativos.
O processo ocorre em meio a queda de braço pelo diretório municipal. Um lado é formado pelos que apoiam a candidatura do senador Roberto Requião ao governo do estado em 2014; outro deve apoiar a reeleição do governador Beto Richa (PSDB). O controle do diretório de Curitiba é peça importante neste cenário.
Santos confirma que o recadastramento vai diminuir o número de eleitores, o que pode impactar na escolha para a presidência do diretório municipal que deve acontecer em dezembro. Mas evita dizer que a medida tem caráter político. "Vai diminuir o contingente de possíveis eleitores, mas isso não altera a correlação de força existente hoje. Nosso grupo é majoritário e será vitorioso", afirma.
O grupo ligado a Requião venceu as eleições para o diretório municipal em julho, mas a votação foi impugnada pela comissão executiva no Paraná. Agora, a direção em Curitiba é dividida entre Santos, o deputado estadual Stephanes Junior, o ex-governador Orlando Pessuti, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e Maria Arlete Rosa.
A comissão provisória tem 90 dias para convocar novas eleições. Santos estima que o pleito deve ocorrer entre 10 e 15 de dezembro. O grupo vai apoiar a candidatura de Stephanes Junior.
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