| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Alckmin: cinco mandatos para fazer obras.

A Câmara Municipal de Curitiba conhecerá amanhã o seu novo presidente para o biênio 2011-2012. É quase certo, porém, que o eleito não terá como ser chamado de novo. Isso porque o atual ocupante do cargo, João Cláudio Derosso (PSDB, foto 1), não deve enfrentar dificuldades para vencer o único concorrente, Jonny Stica (PT). A conta é simples: 33 parlamentares governistas contra cinco de oposição. O próprio PT de Curitiba adiantou que se manterá neutro na disputa e se decidiu apenas pelo voto no PMDB, que é candidato à quarta secretaria. Se vencer a disputa, Derosso vai iniciar o oitavo mandato consecutivo – ou 16 anos ininterruptos – como presidente da Câmara. Independentemente do resultado do pleito, o tucano já é o vereador que está há mais tempo no cargo na história do Legislativo curitibano.

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Aliás...

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A candidatura de Derosso expõe uma contradição no posicionamento do tucano. Antes de vencer a eleição para o biênio 2009-2010 à presidência da Câmara, ele tinha dito que aquela seria sua última disputa pelo cargo. "Em 2010, vou lançar minha candidatura para deputado federal", declarou na época. Nas eleições deste ano, Derosso não se lançou candidato, segundo ele, a pedido da direção estadual do PSDB.

Recarregando as baterias

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) passou o dia de ontem sem compromissos oficiais, descansando na Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República, que será ocupada por ela até o dia de sua posse. Desde que saiu vitoriosa das urnas, a petista tem reduzido bastante suas aparições públicas. A última delas foi na reunião do diretório nacional do PT, no último dia 19. Para os próximos dias, porém, a expectativa é pela realização de várias reuniões para definir o primeiro escalão do governo federal.

Jobim fica

O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), vai permanecer no cargo no governo de Dilma Rousseff. O convite foi feito pela presidente eleita e aceito horas antes de Jobim aparecer em rede nacional chancelando o apoio das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro. Interlocutores de Dilma informaram que a conversa entre os dois foi "longa e boa". A permanência de Jobim na Defesa era um desejo do presidente Lula.

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No olho da rua

Segundo relatório de outubro da Controladoria-Geral da União (CGU), 2,8 mil funcionários públicos civis federais foram expulsos entre 2003 e outubro de 2010. Desse total, 2,5 mil perderam o emprego por corrupção. Os principais motivos foram o uso indevido de cargo (1.471), improbidade administrativa (817) e recebimento de propina (257).

Futuro do PSDB

Após especulações sobre as futuras funções de José Serra no PSDB, o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto 2), disse ontem que a disputa pela presidência do partido deve ser discutida depois das eleições nos diretórios municipais e estaduais, que antecedem a eleição nacional. "Não devemos começar pelo fim, mas pela base", afirmou. Sobre a ideia de refundação do PSDB, que divide opiniões dentro da legenda, Alckmin observou que somente com uma reforma política os partidos serão de fato eficientes. "Num país que não tem tradição de partido, e sim de personalismo na política, não é uma tarefa fácil. Enquanto não fizermos uma reforma política, vamos avançar pouco", afirmou.

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Pinga-fogo

"Só falam em alta rotatividade em ministérios ocupados por partidos aliados, e ninguém fala em rotatividade nos 17 ministérios do PT. Por enquanto, está cinco a zero."

De uma liderança nacional do PMDB, criticando o posicionamento da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), que, segundo ele, tem colocado em negociações os ministérios hoje nas mãos de partidos aliados, mas não as pastas atualmente comandadas por petistas.