A delegacia de União da Vitória, no Sul do Paraná, informou ontem que ainda não tem nenhum suspeito de quem seria o autor do tiro contra o Ômega usado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Valdir Rossoni (PSDB), no último dia 10. No veículo estavam o motorista do deputado e o diretor-financeiro da Assembleia, Sérgio Brun.
O delegado Wagner Holtz Merege Filho disse que as investigações serão concentradas em duas hipóteses, das quatro iniciais: assalto ou atentado. Merege admitiu que os indícios apontam para as hipóteses do disparo contra o carro ter sido uma tentativa de assalto ou de homicídio.
A redução da investigação em duas linhas foi anunciada um dia depois da conclusão da perícia no automóvel, feita pelo Instituto de Criminalística do Paraná. Conforme a Gazeta do Povo adiantou ontem, o perito José Silvestre de Ornelas Jr. concluiu que o atirador era profissional e tinha a intenção de matar por ter disparado na altura das janelas laterais do carro. Além disso, a perícia concluiu que o disparo ocorreu a cerca de cinco metros do veículo, que trafegava, de acordo com a análise, a 147 km/h. Na rodovia, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h.
Motociclista
Segundo informações divulgadas ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná, Merege pretende identificar um motociclista e o motorista de um carro, que teriam sido vistos próximos ao quilômetro 533 da PR-170, local onde ocorreu o disparo e que fica entre União da Vitória e Bituruna.
"Por se tratar de lugar ermo, completamente isolado, onde não há sinal de celular e nem morador nas proximidades, estamos ouvindo comerciantes da rodovia, onde ocorreram os fatos, para nos auxiliar na identificação dos autores", explicou o delegado, segundo informação publicada no site da secretaria. "Moradores relataram que um motociclista foi visto em atitude suspeita a cerca de três quilômetros do local e que, meia hora após a ocorrência, um carro foi visto trafegando em alta velocidade em sentido contrário ao que vinha o carro do deputado. Estamos trabalhando para identificá-los."
Segurança
O Gabinete Militar da Assembleia esclareceu ontem, por meio da assessoria de imprensa do Legislativo, que já houve mudanças na rotina de segurança de Rossoni e de outros integrantes da Mesa Diretiva. O deputado afirmou que quer esquecer o assunto, mas informou que reforçou a segurança de familiares. "Não posso ocupar a minha mente com coisas ruins", afirmou Rossoni.
A Secretaria de Segurança Pública informou ontem, também por meio da assessoria de imprensa, que a investigação não muda e não deve receber reforço de outras unidades da polícia, apesar de haver a possibilidade de ter ocorrido um de atentado contra o presidente do Legislativo estadual.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano