Uma operação envolvendo a polícia, o Ministério Público e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) desmontou uma quadrilha de criadores de galos de briga do Rio Grande do Sul que usava até vídeos na internet para divulgar os animais.
Nos DVDs apreendidos pelo Ministério Público, estavam as imagens dos treinamentos realizado com os galos. As brigas eram gravadas no próprio criadouro e disponibilizadas na rede mundial de computadores.
"Ele [integrante da quadrilha] preparava a raça, aprimorava a raça, desenvolvia o porte e a agressividade dos animais para que fossem bons combatentes", afirmou o promotor de Justiça Mauro Rockenbach.
As condições em que as aves foram encontradas assustaram os técnicos do Ibama. Pelo menos 800 galos de rinha e 200 galinhas eram mantidos em pequenas gaiolas. Muitos não resistiram e a maioria apresentava ferimentos pelo corpo. Policiais militares apreenderam ferramentas usadas para mutilar os galos. "Encontramos vários instrumentos cruéis de corte das cristas", disse Flabeano Castro, analista do Ibama. Também foi desativado um pequeno ringue, onde aconteciam as rinhas. Investigação
O caso vinha sendo investigado pelo Ministério Público há seis meses, por meio de escutas telefônicas. Segundo as investigações, os galos eram vendidos para pelo menos 12 estados brasileiros e países vizinhos, como o Uruguai e o Paraguai. Os criadores negociavam até 20 galos por mês. O valor chegava a R$ 15 mil por animal.
O proprietário vai pagar multa de até R$ 2 mil reais por ave apreendida e responder processo por maus-tratos a animais. A pena é de seis meses a um ano de prisão.
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