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O delegado Fernando Moraes, da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), vai pedir nos próximos dias a decretação da prisão preventiva de 11 traficantes do Morro da Providência, no Centro do Rio. O grupo é acusado do seqüestro da universitária Priscila Belfort. Irmã do lutador de vale-tudo Vítor Belfort, ela foi vista pela última vez em 9 de janeiro de 2004, ao deixar o escritório da Fundação Esporte e Lazer, no Centro, onde trabalhava.

Os mesmos traficantes também são acusados de seqüestrar três pessoas, incluindo um empresário e um comerciante. Entre os bandidos procurados pela polícia e que já tiveram a prisão temporária decretada pelos três crimes, estão Leandro Ferreira dos Santos, o Periquito, Jairo Cesar da Silva Caetano, o Gerinho, e Evanilson Marques da Silva, o Dão, este último chefe do tráfico na Providência.

- Estou pedindo a prisão dos 11 porque, de uma forma ou de outra, todos teriam participado do desaparecimento da Priscila - disse Fernando Moraes.

Seqüestrado deu pista

A DAS chegou até Gerinho e Periquito, principais envolvidos no crime, quando investigava o seqüestro-relâmpago de um comerciante em 2005. Levado para um terreno baldio, onde foi mantido em cativeiro por algumas horas, a vítima ouviu uma conversa em que os seqüestradores disseram ter executado Priscila Belfort no Morro da Providência.

Libertado depois de entregar dinheiro, cartões, dois celulares e um carro aos bandidos, o comerciante foi até a DAS e reconheceu por fotografias Gerinho e Periquito como autores do crime. Preso com um dos telefones roubados, um dos integrantes do bando, que teve o nome mantido em sigilo, também apontou Leandro e Jairo como componentes da quadrilha especializada em seqüestros-relâmpago. Também tiveram a prisão solicitada Marcelo Maciel de Souza Filho, Bruno Silva de Jesus, Jorge de Oliveira Galdino e os irmãos Rômulo Mendes do Amparo e Pablo Pierre Mendes do Amparo.

Indícios no morro

Embora não tenha localizado o corpo de Priscila, a polícia trabalha com a hipótese de que a universitária tenha sido executada no Morro da Providência. No fim de 2004, investigadores e policiais militares chegaram a fazer escavações em um terreno da comunidade, mas nenhuma ossada foi encontrada.

A polícia não sabe ainda como a universitária teria sido levada para a Providência. O motivo da possível execução da universitária também não foi ainda esclarecido.

- Trabalhamos com a hipótese de que ela tenha se aproximado de alguém da Providência. Priscila trabalhava com comunidades carentes e pode ter sido levada à força por alguém para o morro - disse Moraes.

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