A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (10) que foram apreendidos cinco carros de luxo e R$ 1 milhão no Amapá, durante a Operação Mãos Limpas, que prendeu o governador do estado Pedro Paulo Dias (PP) e outras 17 pessoas. Também foram apreendidas quatro armas.

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O G1 apurou que os carros importados, entre eles uma Ferrari, um Maserati, duas Mercedes e um mini Cooper, estavam em propriedades do presidente do Tribunal de Contas do estado, José Júlio de Miranda Coelho. Grande parte do dinheiro apreendido pela PF estava nas secretarias estaduais, principalmente na de Segurança Pública.

Com a ajuda de familiares que ocupavam cargos no governo, Pedro Paulo Dias teria montado uma quadrilha para desviar recursos da União e do estado. De acordo com a apuração do G1, entre as 18 pessoas presas, estão dois irmãos do governador: Benedito Dias, secretário especial de Governo, e Elpídio Dias, secretário de Saúde. Além deles, foi presa a namorada do governador e a ex-primeira-dama do estado, Marília Goés, mulher do ex-governador do Amapá Walter Goés, também foi preso.

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Segundo informações da PF no Amapá, o presidente da Assembléia Legislativa do estado, Jorge Amanajás, depôs na Polícia Federal do Amapá, após um mandado de prisão coercitiva. De acordo com a PF, ele já foi liberado. A PF no estado informou ainda que, ao cumprir um mandado de busca e apreensão na casa do prefeito de Macapá, Antônio Roberto Rodrigues, foi encontrada uma arma. Com isso, o prefeito foi autuado em flagrante e levado à PF para prestar esclarecimentos. O prefeito pagou fiança e foi solto.

A Operação Mãos Limpas da Polícia Federal foi deflagrada nesta tarde. Os 18 acusados de participação em uma organização criminosa serão transferidos para Brasília entre esta sexta e sábado (11). Pedro Paulo, que está preso no quartel do Exército, em Macapá, será levado para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, estão envolvidos no esquema servidores públicos, políticos e empresários.

As apurações da Polícia Federal revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

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