A Polícia Federal realiza a operação Águas Profundas no Estado do Rio e no Distrito Federal para desmontar uma quadrilha especializada em fraudar licitações da Petrobras.
As investigações começaram há dois anos com ajuda do Ministério Público Federal. O grupo é suspeito de fraudar pelos menos três licitações para construção de plataformas da Petrobras. Dezessete pessoas já foram presas. A estatal também afastou seus funcionários envolvidos.
Cerca de 55 equipes da Polícia Federal, num total de 250 policiais, estão fazendo buscas no Rio de Janeiro e no Interior do estado, desde às 6h.
Em uma casa de um codomínio de luxo da Zona Sul do Rio, os policias se surpreenderam ao encontrar armamento pesado. Entre outras armas, havia metralhadoras com mira a laser, pistolas, revólveres e espingardas. Também encontraram silenciadores. Algumas delas sem registro.
O pai do dono da casa, um empresário, explicou a policias que se tratava de uma coleção de seu filho. Os proprietários, no entanto, não estavam no local.
No entanto, os policiais também acharam estranho que algumas delas estavam guardadas, carregadas com munição.
No Rio, em um apartamento de um prédio de luxo de São Conrado, os policiais apreenderam documentos e armas. Além disso também levaram quatro carros de alto valor.Petrobras afasta funcionários
A Petrobras divulgou uma nota informando que já estava ciente das investigações sobre fraudes em licitações de plataformas da Petrobras, mas que não tomou nenhuma medida até hoje, a pedido da Procuradoria da República do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a empresa, todo apoio necessário foi dado durante a investigação da Polícia Federal.
Hoje, depois de deflagrada a operação Águas Profundas, a companhia afastou os empregados envolvidos de suas funções e instalou uma comissão de sindicância para apurar imediatamente as possíveis irregularidades.
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