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Apesar de a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal e a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) terem anunciado na segunda-feira que a orientação das duas entidades é não realizar protestos esta semana, delegados e agentes em São Paulo farão operação-padrão nesta quarta-feira (04/4) nos principais aeroportos do estado e no Porto de Santos.

A operação - em Congonhas; Cumbica, em Guarulhos; e Viracopos, em Campinas - vai tornar lento o controle de entrada e saída de pessoas do país, provocando mais tensão na situação já complicada com a crise dos controladores de vôo.

A operação consistirá em comparar a foto do passaporte com o passageiro e checar nos sistemas se há algum impedimento à saída daquela pessoa do país, no caso de vôos internacionais.

- Na verdade esse tipo de operação deveria ser feito todos os dias, e só não é realizado por falta de efetivo. Pode ser que essa operação retarde um pouco o embarque e o desembarque dos passageiros - disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf/SP), Francisco Carlos Sabino.

Segundo os policiais, a greve é em protesto contra o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que teria dito desconhecer acordo do governo com as entidades classistas da PF para pagamento da segunda parcela de reajuste salarial. A operação continua até dia 18, quando está programada uma caminhada de policiais federais em Brasília, pela Esplanada dos Ministérios, Congresso e imediações do Palácio do Planalto. Caso a reivindicação não seja atendida, está prevista a paralisação por tempo indeterminado, inclusive podendo se estender até os Jogos Pan-Americanos, no Rio.

Pelo balanço da Federação dos Delegados da PF, nas 24 horas da greve de advertência realizada quarta-feira passada, 38 mil inquéritos deixaram de ser movimentados em todo o país, e pelo menos 300 deixaram de ser instaurados.

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