São Paulo (Folhapress) A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e do filho dele Flávio Maluf, que já haviam sido denunciados (acusados formalmente à Justiça) por remessa ilegal de dólares para o exterior. O pedido se estende ainda ao sucessor de Maluf na prefeitura de São Paulo, Celso Pitta (19972000).
O pedido foi feito pelo delegado da PF Protógenes Queiroz, que concluiu sua investigação e encaminhou o inquérito policial ao Ministério Públco Federal, para que este apresente à Justiça uma nova denúncia contra os citados.
A juíza Sílvia Maria Rocha, da 2.ª Vara Criminal Federal, irá se manifestar sobre o pedido de prisão preventiva só após receber formalmente a denúncia da Procuradoria, ainda sem data prevista.
No inquérito policial de três volumes, com aproximadamente 1.200 páginas, o delegado da Polícia Federal reproduziu conversas telefônicas mantidas por Maluf e pelo filho com diferentes pessoas. Os diálogos foram obtidos por meio de escuta telefônica autorizada pela Justiça.
Queiroz baseou-se principalmente nas escutas ao sustentar a necessidade da prisão de Maluf, do filho Flávio e de Pitta. O delegado disse no inquérito que, por meio dos diálogos, constatou-se uma manobra articulada por Maluf para tentar atrapalhar o rumo das investigações.
O delegado da PF disse existir indícios de supostas ameaças, subornos e ocultação de provas.