O delegado da Divisão Anti-Seqüestro, Wagner Giudice, afirmou nesta segunda-feira que o primeiro cativeiro onde foi mantido o repórter da TV Globo Guilherme Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado já foi identificado. Segundo ele, dois cativeiros foram usados pelos bandidos e ambos ficam na zona sul de São Paulo. Portanova foi solto no bairro do Morumbi, por volta de 0h30m desta madrugada, depois de passar 40 horas em poder do crime organizado. Calado foi libertado na noite de sábado e levou à emissora um DVD com uma mensagem dos criminosos contra a situação nos presídios, que foi veiculado na madrugada de domingo.
A polícia acredita que os seqüestradores cumpriram ordens de detentos que estão em Presidente Bernardes e Presidente Venceslau. Um dos mentores do crime pode ter sido o chileno Maurício Hernandez Norambuena, um dos seqüestradores do publicitário Washington Olivetto, em 2002. Detentos das duas penitenciárias e advogados de criminosos serão ouvidos pela polícia.
Giudice afirmou que seis pessoas participaram do seqüestro do jornalista no sábado, até que o auxiliar técnico fosse solto. Depois disso, o número de envolvidos aumentou.
Libertado no Morumbi, Portanova cruzou com o carro de uma empresa de vigilância e pediu ajuda. Eles levaram o repórter até a sede da TV Globo São Paulo. Portanova estava sem camisa e tirou para mostrar que não estava armado. Ele não foi ferido pelos seqüestradores, mas machucou o ombro no porta-malas do carro em que foi levado até o local onde foi solto.
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