A Polícia vai indiciar por lesão corporal e tentativa de incêndio os 13 manifestantes detidos após o protesto contra o presidente norte-americano Barack Obama em frente ao consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, na noite de ontem (18). Segundo a Polícia Civil, são 12 adultos e um menor, entre homens e mulheres.
Hoje pela manhã, os homens detidos foram deslocados para o presídio Ary Franco, em Água Santa. Já as mulheres foram levadas para o presídio de Bangu, zona oeste do Rio. O menor foi encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA). Até o término da manhã de sábado, a Polícia não divulgou os nomes dos detidos, nem a quantidade exata de homens e mulheres.
Ontem, cerca de 200 pessoas participaram do protesto, organizado por representantes de movimentos sociais. A bandeira do PSTU dominava a paisagem do protesto. Um segurança do consulado, que foi atingido por um coquetel molotov (garrafa com material incendiário) lançado por manifestantes, foi medicado e prestou depoimento após o incidente.
As organizações Movimento dos Sem Terra (MST), Intersindical; União Nacional dos Estudantes (UNE); Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, Rede Jubileu Sul e Cebrapaz repudiaram a violência ocorrida no protesto, hoje pela manhã. Elas atribuíram a origem dos conflitos com a Polícia à agentes provocadores infiltrados na multidão, e ressaltaram o teor pacífico da manifestação.
Em nota oficial, as organizações reiteraram convocação para o dia de luta anti-imperialista na manhã de amanhã, no metrô da Glória, zona sul do Rio, próximo ao Theatro Municipal, onde Obama deve fazer discurso para convidados, à tarde.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada