Um garoto de 12 anos, que havia sido seqüestrado nesta terça-feira, foi libertado nesta manhã de um cativeiro em Guarulhos, na Grande São Paulo. Policiais militares da 1ª Companhia do 44º Batalhão da PM chegaram ao cativeiro após uma denúncia anônima feita pelo Disque-Denúncia. De acordo com informações do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), os seqüestros de crianças equivalem a cerca de 10% do total de casos registrados do estado.
O menino libertado em Guarulhos estava em um barraco abandonado, localizado em uma viela da Rua Belo Horizonte, no Parque Jandaia, próximo a divisa com Itaquaquecetuba. Três pessoas que tomavam conta do cativeiro foram presas. Entre os detidos, havia um garoto e uma garota menores.
Segundo o Tenente Novo, que participou da operação de resgate, a vítima havia sido seqüestrada na manhã desta terça-feira, em Bonsucesso. Segundo o tenente, um bando formado por pelo menos seis pessoas invadiu a casa da família para assaltar. O pai do garoto é comerciante e faz representação comercial de uma empresa, mas tem poucas posses. Como não encontraram dinheiro na residência, os bandidos amarraram e amordaçaram a família. O garoto foi levado como refém no carro da família. O tenente não soube informar quanto havia sido pedido de resgate.
As negociações estavam sendo feitas com a irmã do garoto.
- Eles disseram que iam cortar a orelha e que iam enterrar ele vivo - disse a irmã.
Segundo contou o policial, o garoto ficou praticamente sem comer enquanto esteve em poder dos seqüestradores. Ele recebeu um pãozinho e uma lata de refrigerante. O menino disse não ter sido espancado pelos bandidos, mas ficou bastante debilitado. Ele ficou amarrado enquanto foi transportado até o cativeiro, depois foi solto. Por volta de 10h30 desta manhã, os policiais invadiram o barraco e libertaram a criança. Os menores que tomavam conta não estavam armados. Um deles contou à polícia que recebeu R$ 500 para tomar conta do cativeiro.
Dois deles têm 17 anos e o outro é maior de idade. Uma das menores detidas morava em frente ao cativeiro.
O policial militar disse que o garoto não apresentava ferimentos, mas estava abalado psicologicamente. Desidratado, ele foi encaminhado para um hospital em Guarulhos, e liberado em seguida.
- Nós o levamos para o quartel e demos almoço. Ele estava com fome e abalado psicologicamente - disse o tenente.
De acordo com informações do Deic, os seqüestradores preferem levar adultos - mulher, marido, ou irmãos - da pessoa a quem vai ser pedido o resgate, já que é mais trabalhoso manter as crianças em cativeiro. Na maioria dos casos, as crianças são levadas quando os bandidos procuram algo para roubar na residência ou no carro e não encontram, como é o caso do garoto de Guarulhos.
No dia 27 do mês passado, três mulheres e duas crianças foram levadas por bandidos no estacionamento do Shopping Jardim Sul.Os bandidos soltaram todos as pessoas, mas mantiveram uma menina de dez anos com eles por dez dias. Ela foi solta depois do pagamento do resgate.
No ano passado, o garoto Lucas de 6 anos, filho de um empresário de Arujá, ficou 63 dias em poder de seqüestradores. Não houve pagamento de resgate e pelo menos 12 pessoas foram presas.
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