A "Operação Aquarela", deflagrada na madrugada desta quinta-feira (14) em três estados e no Distrito Federal (DF), resultou na prisão de 19 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. Entre os detidos, está o empresário de Curitiba Lúcio Mauro Stoco, dono da empresa Aton Tecnologia, com sede em Curitiba. Segundo a polícia, o esquema funcionaria através de contratos fraudulentos firmados com o Banco de Brasília (BRB). Dez empresas - algumas de fachada - e ONGs estão sob suspeita. As investigações começaram em 2005. Uma das empresas suspeitas é a Aton Tecnologia, com sede em Curitiba e em Brasília. Na capital paranaense, o dono da empresa é Stoco - suspeito de lavagem de dinheiro e desvio de recurso.
Ao todo, 15 pessoas foram presas pela Polícia Civil em Brasília, duas em São Paulo, uma no Paraná e uma em Goiás. Uma pessoa está foragida. Entre os presos estão o ex- presidente do Banco BRB, Tarcísio Franklin Moura, o presidente da Associação Nacional de Bancos (Asbace), Juarez Lopes Cançado, além de diretores de empresas e presidentes e ONGs.
Cançado também é sócio da editora Corte, que fica em Brasília e é apontada como a central do esquema. Os policiais cumpriram 40 mandados de prisão. E apreenderam 130 computadores, documentos, US$ 200 mil, euros e jóias, além de armas. Todo o material vai ser periciado.
"É um esquema de desvio de dinheiro público, de um banco estatal para uma empresa privada, de forma fraudulenta. Os contratos eram realizados sem que houvesse contrapartida", explicou o diretor da Polícia Civil do DF, delegado Cleber Monteiro.
Atuação conjunta
A operação foi batizada de Aquarela por causa de um livro da Editora Corte, a principal empresa investigada. Segundo a polícia, ela seria utilizada apenas para lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, em dez anos, essa editora publicou apenas um livro.
A Polícia Civil, o Ministério Público e a Receita Federal atuaram em conjunto para desmontar o esquema. Ao todo, 41 delegados de polícia, 283 policiais civis, 17 promotores e 51 auditores da Receita participaram das investigações.
Segundo a polícia, com a análise do material apreendido, novos crimes podem ser descobertos. "O trabalho agora é continuarmos a atuar para detalhar todas as provas que foram colhidas. Dentro dessas provas, vão aparecer novas linhas de investigação", informou Monteiro.
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