Polícia tem suspeito de matar pai de atriz do Sítio

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A Polícia Civil já tem um suspeito de ter assassinado o gerente de posto de gasolina Fernando Luiz Drummond, de 45 anos, pai da atriz Isabelle Drummond, que interpreta a personagem Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo. Para o delegado-adjunto da 81ª DP (Itaipu, região oceânica de Niterói), Joel Sá Rego, responsável pelas investigações, o autor dos disparos seria conhecido na região.

O delegado informou ainda que o crime foi uma execução e a principal intenção dos assassinos seria roubar o dinheiro da vítima. Fernando, que cuidava do movimento em dinheiro do posto, foi abordado logo depois de estacionar o carro para depositar R$ 7 mil numa agência bancária. Uma testemunha vai fazer o retrato-falado do assassino.

Testemunha fará retrato-falado do assassino

Essa testemunha, que estava no local, ouviu o disparo e viu quando o assassino deixou o local do crime. Segundo o delegado, o homem, que também ia para o banco, está disposto a colaborar. "A testemunha pensou que o banco estava sendo assaltado. Ela pretende colaborar com as investigações e está disposta a fazer o retrato-falado do criminoso", afirmou o delegado, acrescentando que a vítima já estaria sendo observada há algum tempo pelo criminoso.

"O retrato-falado é feito na Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), no Rio, e isso nos dá um trabalho enorme. Vamos fazê-lo conforme a disponibilidade da testemunha", reclamou o delegado Joel.

Joel Rego informou que o homem que testemunhou o crime esteve na delegacia na terça-feira (27) para depor. Lá, ele chegou a ver álbuns de fotografia de alguns criminosos da região, mas não identificou nenhum deles como o assassino de Fernando. Em estado de choque depois do crime, o homem teria chegado a se desculpar com o delegado por não ter anotado o número da placa da moto.

O crime aconteceu por volta das 14h da segunda-feira (26). Fernando estacionou o carro na Avenida Santo Antônio, em Itaipu, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Dois homens em uma moto teriam abordado Fernando pouco antes dele entrar na agência. O crime

Operários de uma obra viram um homem fazer os disparos, pôr o revólver 38 prata na cintura e caminhar até subir na garupa da moto Titan, onde seu cúmplice - um homem moreno com mais de 30 anos - o aguardava.

Segundo os pedreiros, que, com medo, preferem não se identificar, o assassino também seria moreno e teria cerca de 25 anos. Ele carregava o capacete no braço.

O Corpo de Bombeiros de Itaipu chegou a levar Fernando Drummond para o Hospital Universitário Antônio Pedro, no Centro, mas ele não resistiu ao ferimento e morreu. Segundo o delegado, ele foi atingido na vista.

Vítima tinha um temperamento tranqüilo

Fernando trabalhava no posto Jardim Ubá há cerca de 5 anos, onde era gerente administrativo. O proprietário Fernando Thony preferiu não dar informações para, segundo ele, não atrapalhar as investigações.

De acordo com os frentistas do posto, Fernando Drummond era um homem tranqüilo e discreto, que nunca se envolveu em discussões no trabalho.

Os investigadores pretendem, ainda, ir ao local do crime para tentar obter mais informações. Cauteloso, o delegado diz que não pode adiantar mais nenhum dado. "Não posso dar outros detalhes do crime para não atrapalhar as investigações."

Ele espera, no entanto, que novas testemunhas se apresentem para ajudar no caso, já que o crime ocorreu ainda com o dia claro. "Foi em plena luz do dia, no horário comercial. Tenho certeza que alguém vai ligar e dizer mais alguma coisa", falou otimista o delegado.

A polícia pretende ouvir também a filha de Fernando, de 15 anos, que estava no carro no momento do crime. "Quero ouvir a filha para saber se ela viu alguma coisa. Qualquer coisa que ela tenha visto pode ajudar", disse Joel Rego.