Policiais Federais realizarão assembleias, às 10 horas da próxima quarta-feira (5), para decidir se decretam estado de greve contra o texto da reforma da previdência enviado pelo governo Michel Temer (PMDB) ao Congresso Nacional. A votação da próxima quarta, segundo sindicatos ligados à instituição, não afetará os atendimentos prestados nas superintendências regionais, como emissão de passaportes ou visitas a presos.
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De acordo com Francisco Carlos Breus, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (SINPEF-PF), haverá assembleias simultâneas nos 27 estados brasileiros e no Distrito Federal para deliberar sobre o estado de greve contra a Proposta de Emenda Constitucional que altera critérios da previdência – a chamada PEC 287/2016. Entidades ligadas a peritos e delegados também farão assembleias sobre o assunto.
O governo Temer já retirou do texto da reforma enviado à Câmara os servidores estaduais e municipais, incluindo profissionais como policiais militares, civis e bombeiros. Mas agentes federais de segurança pública continuam incluídos na reforma. Breus afirmou, entretanto, que os policiais não decidirão na quarta-feira pensando apenas em causa própria. “Somos contra a integralidade do texto da reforma da previdência, não apenas em relação a como os policiais são afetados”, disse.
A União dos Policiais do Brasil critica o fato de proposta do governo Temer retirar da Constituição o artigo que reconhece a atividade de risco dos profissionais de segurança pública nos critérios de concessão da aposentadoria. A UPB é uma instituição por entidades de classe dos profissionais de segurança de todo o país, inclusive das policiais estaduais.
Apesar do protesto da próxima quarta, Breus afirmou que os policiais não farão qualquer tipo de protesto sobre a condução da Polícia Federal ou mesmo sobre a atuação do atual ministro da Justiça, o deputado paranaense Osmar Serraglio (PMDB). “Será somente sobre a reforma da previdência. Não temos a falar neste momento sobre a condução da PF”, disse.
Texto divulgado pelo conselho de representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais diz a reforma da previdência pretendida pelo governo Michel Temer "acaba com a Aposentadoria Policial e com a Previdência Pública como um todo” e que “todos têm o dever e a obrigação de participar dessa Assembleia Geral, que buscará debater o tema no âmbito da classe e tornar pública a contrariedade dos Policiais Federais com a totalidade da proposta”. Em Curitiba, a assembleia será realizada em frente ao prédio da Superintendência Regional da PF, no bairro Santa Cândida.
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