Cerca de 9.000 policiais federais estão com os braços cruzados nesta quarta-feira (28) em quase todo o país. A categoria pede reajuste de 30%, devido desde o acordo salarial assinado no ano passado, e a implantação da Lei Orgânica no setor. Apenas os agentes de Alagoas não participam do protesto, que deve durar 24 horas.
A orientação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) é de que apenas os serviços essenciais funcionem nas instalações da PF. Funcionários de plantão estão realizando atendimentos de emergência, custódia de presos, proteção patrimonial e manutenção de equipamentos nas superintendências e postos da corporação. Nos aeroportos, são realizados os registros de estrangeiros e autorizações de embarque e desembarque em vôos internacionais.
Serviços como a emissão de passaportes, de investigação, mandados de prisão, autorizações para empresas de segurança privada, setores burocráticos e perícias não urgentes devem permanecer parados.
Inicialmente, os agentes iriam continuar emitindo passaportes apenas no Rio e em Brasília, mas o serviço está suspenso nas duas cidades.
Os policiais federais também pretendiam realizar uma operação tartaruga nos aeroportos, mas recuaram após um apelo do ministro da Justiça, Tarso Genro. O acordo é um voto de confiança a Genro, segundo o presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink. "Não queremos causar transtornos à sociedade, nem passar para o governo a leitura de provocação."
Segundo a assessoria da Fenapef, não há registro de tumultos por causa da greve. A entidade informa que representantes da federação devem participar de uma reunião no Ministério do Planejamento para discutir as reivindicações ainda nesta quarta-feira. Banco Central
Esse não é o único protesto de servidores federais nesta quarta. Os trabalhadores do Banco Central também anunciaram uma paralisação de advertência de 24 horas em todo o país. A categoria reivindica equiparação de salários com os fiscais da Receita Federal.