Munidos de mandados de busca e apreensão, nove policiais e delegados federais recolheram na manhã desta quinta-feira documentos e computadores no escritório do deputado José Janene (PP) em Londrina, no Norte do estado, e na residência do casal de funcionários do deputado, Rosa Alice Valente e Meheidin Hussein Jenani. Estiveram ainda na construtora responsável pelas obras da mansão de Janene, num condomínio da zona sul.

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Uma outra equipe dirigiu-se à mansão, em fase de acabamento. O imóvel foi filmado pelos agentes. Em São Paulo e Barueri, seis locais, entre empresas e escritórios de contabilidade e advocacia, foram visitados pelos federais. As ordens judiciais partiram do juiz Gueverson Rogério Farias, da 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, única no país especializada em lavagem de dinheiro.

Em duas horas, a PF de Londrina apreendeu, no escritório do deputado, oito malotes com escrituras, três discos rígidos de computadores, notas fiscais e papéis diversos. Pela manhã, Janene foi ao escritório em companhia da mulher, irritou-se com os policiais e deixou o local. "Como o deputado não é investigado, acordamos que levaríamos todos os documentos importantes do escritório e devolveríamos o que pertencesse especificamente a ele", afirmou o delegado Gérson Machado. Os malotes serão abertos na presença de representantes de Janene. A PF requisitou um perito de Curitiba para a análise do material. Na residência do casal de assessores do deputado, a PF apreendeu duas armas de fogo: uma pistola Glock 380 e um revólver calibre 32. Meheidin Jenani, primo do deputado, acabou preso em flagrante, pagou fiança e foi liberado. "A nossa investigação é centrada nos assessores e na esposa do deputado, que não têm prerrogativa de foro privilegiado", atestou.

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