O ministro Aloizio Mercadante (Educação) minimizou nesta segunda-feira (17) a reação dos torcedores na abertura da Copa das Confederações à presença da presidente Dilma Rousseff. Antes de abrir oficialmente os jogos, no último sábado, Dilma foi vaiada por milhares de brasileiros no estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde o governo do Distrito Federal gastou pouco mais de R$ 1,2 bilhão.
"Eu acho que política e futebol nunca combinaram e eu debito fundamentalmente [essa atitude] a essa reflexão profunda do Nelson Rodrigues", disse o ministro, citando o jornalista e escritor."Ele dizia que em dia de jogo o Maracanã vaia até minuto de silêncio", afirmou Mercadante, um dos ministros mais próximos do Palácio do Planalto.
Vaia
Na abertura da Copa das Confederações, a presidente foi vaiada por três vezes antes do início da partida do Brasil que venceu o Japão por por 3 a 0. Dilma e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que estava ao seu lado e que também foi vaiado, ficaram visivelmente constrangidos. A Rede Globo, por sua vez, não incluiu o fato em vídeo à imprensa.Blatter chegou, inclusive, a explicitar esse incômodo, quando, ao discursar, perguntou para a torcida: "Onde está o respeito, onde está o fair play?". Foi novamente vaiado.
O primeiro apupo da torcida a Dilma veio quando o nome da presidente foi anunciado pelo sistema de som do estádio, antes da execução dos hinos nacionais de Brasil e Japão.
Depois, quando foi mencionada por Blatter em sua rápida fala, novas vaias. As últimas vieram quando a própria Dilma Rousseff começou a falar ao microfone para declarar oficialmente aberta a Copa das Confederações. Nessa última, parte da torcida passou a aplaudir a presidente.Segundos antes de ser anunciada pelo sistema de som do estádio, e receber as primeiras vaias, ela foi bem acolhida pela torcida posicionada exatamente abaixo de seu camarote.
Durante a abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi vaiado pelo público e não fez o discurso de abertura dos Jogos, tendo sido substituído pelo presidente do COB e do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman.
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