O deputado estadual Dobrandino da Silva (PMDB) diz que suas declarações não ofendem o Paraguai porque ele tem amizades no país vizinho há mais de 30 anos. "O governo paraguaio tem obrigação de jogar duro com o governo brasileiro para tentar uma solução", reforça.
Dobrandino diz que sua posição foi sempre a de defender a população de Foz do Iguaçu. "Eu continuarei a combater a Receita Federal, mas não estou defendendo o contrabando", diz. O deputado ainda questiona a Receita Federal por estar aplicando agora uma lei criada há 40 anos.
Dobrandino também defende a idéia de que o governo brasileiro tem de conversar com o governo paraguaio para resolver o problema da fronteira e não agir apenas por meio da repressão, como vem acontecendo. Para ele, é necessária uma solução para Foz do Iguaçu não quebrar devido à crise no turismo e no comércio.
Cláudio Rorato (PMDB) cumpriu mandato como deputado federal até dia 31 de março. Como suplente, ele ocupava a vaga de Reinhold Stephanes, que se licenciou para ocupar a Secretaria de Estado do Planejamento, cargo que deixou dia 31, quando voltou à Câmara Federal. No momento dos conflitos, ele ainda era deputado federal.
Rorato diz que em momento algum ele e o deputado Dobrandino tiveram a intenção de promover a desordem. "Somos contra o fechamento da Ponte da Amizade", salienta.
Segundo ele, o governo paraguaio tem de jogar "pesado" porque Foz do Iguaçu e Ciudad del Este são cidades irmãs e uma depende da outra. "Tem que haver uma pressão política de país para país, uma solução para essa atitude arbitrária da Receita Federal", diz. Para ele, é necessário haver uma conversa entre os dois presidentes, do Brasil e do Paraguai, porque Foz do Iguaçu está sendo penalizada por atos da Receita.
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