As eleições de outubro de 2006 podem servir para o retorno ao poder de políticos conhecidos que estão sem mandato. Além dos atuais deputados estaduais e federais que vão tentar a reeleição, o eleitor vai encontrar na campanha eleitoral do próximo ano nomes e rostos bem conhecidos que já ocuparam cargos públicos de destaque no Paraná.

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O PFL é o partido com a lista mais longa de ex-mandatários. A chapa de candidatos a deputado federal traz o ex-prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi, a ex-vice governadora Emília Belinati, o ex-ministro Alceni Guerra e o ex-deputado federal Luciano Pizzatto, que exerceu mandato durante 16 anos.

A lista é batizada de "invejável" pelo presidente estadual do PFL, Abelardo Lupion, que também busca a reeleição para deputado federal. "Qualquer um deles poderia concorrer a majoritária, mas fizemos um apelo para que disputem uma cadeira na Câmara para elegermos uma bancada forte. Nenhum faz menos de 100 mil votos.", aposta. "São pessoas que passaram pela vida pública e não tiveram os nomes maculados. Cassio foi absolvido no caixa dois, Alceni foi absolvido nas denúncias do ministério, o Pizzatto não tem mácula, a Emília está separada do ex-prefeito Antônio Belinati e sempre teve uma postura exemplar. Esse tipo de candidato já foi testado é uma certeza para o eleitor", defende Lupion.

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Para a Assembléia Legislativa, o PFL também vai investir no ressurgimento de nomes como o do ex-deputado federal Joaquim dos Santos Filho e dos ex-deputados estaduais Luiz Carlos Alborghetti e Divanir Braz Palma, de Maringá. Fazem parte da chapa ainda o ex-vereador Osmar Bertoldi, que disputou a última eleição para a prefeitura de Curitiba, o ex-presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Joarez Lima Henrichs e os ex-prefeitos Elcio Berti, de Bocaiúva do Sul e Rizio Wachowicz, de Araucária.

O grupo dos que foram e querem voltar não é exclusividade do PFL. O PMDB quer emplacar na Assembléia Legislativa o nome dos ex-deputados estaduais Algaci Túlio, Luiz Cláudio Romanelli e Fernando Guimarães. Além de Túlio e Romanelli, que fazem parte da equipe do governador Roberto Requião, são pré-candidatos a deputado federal o secretário da Administração, Reinhold Stephanes, e o ex-prefeito de Londrina, Luiz Eduardo Cheida, secretário do Meio Ambiente.

Outro que faz parte do governo Requião e está em campanha para voltar a ter mandato em Brasília é Ricardo Gomyde (PcdoB). "Quem já disputou a eleição e fez votação expressiva não perde a esperança de voltar. Para isso, está tentando melhorar seu projeto político", disse o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva.

Carona

Na expectativa de ter o senador Osmar Dias (PDT) candidato a governador puxando votos para a proporcional, uma leva de ex-deputados reaparece para enfrentar novamente as urnas. Estão em campanha para deputado estadual o ex-vereador de Curitiba, José Aparecido Alves, o Jotapê, o ex-deputado federal Márcio Matos, o ex-deputado estadual Nelson Dal Santos e os ex-prefeitos de Iretama, Same Saab e de Campina Grande do Sul, Elerian Zanetti.

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Entre os pretendentes à Câmara Federal pelo PDT também estão vários ex-deputados estaduais, como Toti Colaço (Irati), Carlos Scarpelini (Apucarana), Dirceu Manfrinato (Cianorte) e Edson Silva Lino (Grandes Rios).

Embora em menor número, o PP, o PPS e o PSDB não ficam de fora. Sonham em retomar o mandato os ex-deputados estaduais Sérgio Spada (PSDB), de Foz do Iguaçu e Basílio Zanusso (PPS), representante de Nova Esperança e recordista de mandatos no Legislativo: ficou 32 anos e não conseguiu se reeleger em 2002.

A candidatura do ex-prefeito de Londrina, Antônio Belinati (PP), que teve o mandato cassado em 2000, acusado de participar do desvio de R$ 100 milhões da prefeitura, também é tida como certa. Belinati, que já foi deputado estadual três vezes e cumpriu um mandato como deputado federal, disputou a última eleição para prefeito de Londrina, mas foi derrotado. Desde então, está em campanha para a Assembléia Legislativa.

Apesar da disposição para superar o desgaste de derrotas anteriores, muitos dos candidatos temem que o resultado das urnas em 2006 possa representar o afastamento definitivo do cenário político.