A ponte metálica contruída pelo Exército no Km 228 da BR-101, em Silva Jardim, já foi liberada, mas apenas veículos leves que seguem no sentido Campos-Rio serão permitidos a fim de desafogar o trânsito na volta do feriado. Ônibus e caminhões em trânsito nos dois sentidos e carros de passeio no sentido Norte Fluminense continuarão tendo que usar os desvios para as rodovias Via Lagos (RJ-124), Amaral Peixoto (RJ-106), RJ-168 e RJ-162. A partir do meio-dia desta quarta-feira, veículos leves poderão circular na ponte nos dois sentidos.

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A montagem da ponte metálica tipo Bailey mobilizou 120 militares. Ela é formada por painéis de aço unidos por pinos, conectados a vigas de aço, e tem piso de madeira. O Exército realizou testes de carga com sete toneladas para avaliar a segurança da ponte, que tem 51 metros de comprimento por 3,80 metros de largura, vão de 35 metros e pesa aproximadamente 60 toneladas.

Está prevista para sexta-feira a conclusão da construção de uma pista ao lado da rodovia, destinada a receber o tráfego pesado. Cerca de 40 máquinas, entre caminhões e tratores, trabalham na obra em tempo integral. Segundo o coordenador do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit) no Rio, Rodrigo Costa, o local será bem sinalizado para evitar acidentes.

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- A maioria das máquinas poderá trabalhar ao lado da pista - disse Costa, acrescentando que técnicos vistoriaram a ponte sobre o Rio São João, a 300 metros da que desabou, e não detectaram problemas estruturais.

A empreiteira contratada para construir a variante já terminou a preparação do forro de pedras e iniciou a terraplenagem. As manilhas que vão permitir o escoamento da água do canal também já foram instaladas. Pela pista, que será asfaltada e terá dez metros de largura e 700 de comprimento, passarão ônibus e caminhões, sem limite de peso, nos dois sentidos. Já a construção da ponte definitiva sobre o Canal São João levará cerca de três meses para ser concluída.

Os soldados que participaram da montagem da ponte metálica comemoraram tirando fotos. Apenas uma equipe de dez militares ficará no local para fazer a manutenção, já que periodicamente os pinos precisam ser reapertados. Um jipe do Exército foi o primeiro veículo a usar a ponte. O trabalho de montagem foi todo manual. A maioria das peças da estrutura pesa mais de cem quilos.

- As travessas de aço, por exemplo, pesam 280 quilos e demandam a força de 12 homens. Os pinos são as peças mais leves, com 2,5 quilos cada - explicou o coronel Gesiel Saturnino, comandante do Batalhão Escola de Engenharia, em Santa Cruz.

Por um sistema de roldanas, a ponte foi empurrada pelos soldados sobre o canal sem o auxílio de máquinas. Segundo o coronel, ela poderia ter sido montada para suportar até o peso de carretas, mas ficaria com mais de cem toneladas, podendo comprometer o aterro da estrada.

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No Rio, também continuam os trabalhos na Avenida Edson Passos, no Alto da Boa Vista. Os dois sentidos da via devem ficar interditados ao tráfego pelo menos até sexta-feira por causa do deslizamento de 750 toneladas de pedras há quatro dias. A principal preocupação dos técnicos é com uma rocha que ameaça desabar. As pedras que estão na pista devem ser dinamitadas até quinta-feira. O tráfego só deve ser completamente liberado em duas semanas. De acordo com a CET-Rio, os motoristas que saem da Barra para a Tijuca devem seguir pela Rua Muçu. No sentido oposto, devem entrar na Estrada Velha da Tijuca.