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Governo fala em trabalhar "ainda mais"

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff é "uma motivação a mais para a gente trabalhar, trabalhar e trabalhar ainda mais duro para melhorar o Brasil e a vida do nosso povo". Ele minimizou o impacto político da sondagem e afirmou que, na mesma época, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva tinham percentual inferior.

O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), afirmou que os resultados da pesquisa apontam para o "estertor" do governo Dilma. "Esses indicadores que mostram queda na popularidade da presidente são resultado do conjunto da obra. Não é apenas Pasadena e a Petrobras, que impactam na consciência dos brasileiros e expectativas. Mas é o conjunto da obra", afirmou o tucano, em entrevista na entrada do plenário do Senado. Para Aécio Neves, a equação do PT é "inflação alta com crescimento baixo". "Na infraestrutura, patinamos até aqui. Tudo parado, no meio do caminho, custo Brasil elevadíssimo. Os resultados começam a apontar para um governo que vive os seus estertores", disse.

O governador de Pernam­­buco e presidenciável Eduar­­do Campos (PSB) disse que a tendência da sociedade será adotar uma postura cada vez mais crítica em relação ao governo. "As pessoas podem até poupar a presidente, mas cada vez mais compreenderão que ela teve a oportunidade dela e agora é hora de mudança", afirmou.

A popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu no mês de março em comparação a novembro de 2013, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. O porcentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom caiu 7 pontos, passando de 43% para 36%. Já a aprovação da forma com que a presidente Dilma governa caiu de 56% para 51%. Com a queda, a presidente interrompe um ciclo de recuperação da popularidade iniciado em setembro do ano passado.

A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 141 municípios no país. O levantamento, primeiro realizado em 2014, concentra-se na avaliação que os brasileiros têm do desempenho do governo federal e da atuação de Dilma. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Todos os indicadores medidos pela pesquisa registraram piora. Segundo a pesquisa, os entrevistados demonstraram um descontentamento maior com relação às políticas econômicas, principalmente em relação à inflação e ao desemprego.

O resultado foi puxado principalmente pelas pessoas que moram em municípios pequenos, com até 20 mil habitantes.

Segundo a pesquisa, Dil­­ma também perdeu mais popularidade entre os jovens de 16 a 24 anos e entre os eleitores com renda familiar mais alta – que recebem mais de cinco salários mínimos – e os residentes no interior.

A queda nos indicadores também fez elevar o porcentual da população que considera o governo Dilma pior do que o governo Lula. O número passou de 34% para 42%. Na nova pesquisa, 11% consideram Dilma melhor do que Lula. No levantamento anterior eram 14%.

Queda por área

Houve queda na aprovação de todas as nove áreas de atuação do governo avaliadas. De todas, a área econômica foi a que teve a maior rejeição. Na educação, a desaprovação subiu 7 pontos porcentuais, passando de 58% para 65%. Mesmo com o programa Mais Médicos, a saúde também teve maior desaprovação: 77%, contra os 72% anteriores. Já na segurança, o governo registra 76% de desaprovação, ante 70% registrados na última pesquisa.

Na área econômica, o governo tem um índice de desaprovação acima dos 70% nas questões relativas a impostos (77%), combate à inflação (71%) e taxa de juros (73%). A única área que não teve mudança significativa foi a de combate à fome e à pobreza, que se manteve no patamar de 49% de desaprovação.

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