Para evitar a piora do racha na base aliada, o governo interino de Michel Temer tenta evitar o lançamento pelo PMDB e pelo PSDB de candidaturas para a disputa pela sucessão à Câmara dos Deputados. Na tentativa de se chegar a um consenso para a eleição da próxima quarta-feira (13), o Palácio do Planalto tem buscado parlamentares dos dois partidos aliados e tentado convencê-los a fazer uma composição com o chamado “centrão”.
O governo interino avalia que o PMDB, partido de Temer, não pode promover um “desgaste desnecessário” e deve ter neste momento uma “postura republicana” e abrir espaço para uma sigla aliada. O próprio comando nacional da sigla considera um erro ficar isolado na disputa e que o partido deve fazer uma composição.
Favoritos para suceder Cunha na presidência da Câmara têm pendências judiciais
Leia a matéria completaEm relação ao PSDB, o governo interino quer evitar movimento que vem ganhando força no partido de lançamento, com o PSB e PPS, de um nome alternativo às candidaturas de Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), favoritos para a disputa parlamentar.
Nesta segunda-feira (11), o presidente interino deve se reunir com o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), e o núcleo político do Palácio do Planalto tem conversado com PSB e PPS. O três partidos avaliam apoiar o nome de Júlio Delgado (PSB-MG).
Com o aceno petista ao nome de Rodrigo Maia, o governo interino tem demonstrado resistência ao apoio a uma candidatura do democrata, mas não exclui endossá-lo caso ele se viabilize como favorito.
O Palácio do Planalto não quer repetir o confronto da última eleição, quando a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) atuou contra a candidatura de Eduardo Cunha, que, uma vez eleito para o cargo, acabou acolhendo o pedido de impeachment da petista.
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