O ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (MS) pediu nesta terça-feira (15) a desfiliação do PT horas após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de homologar a delação premiada feita pelo senador.
A decisão de Delcídio foi encaminhada pelo e-mail institucional dele enviado às 12h50 desta terça, no horário de Brasília, para os correios eletrônicos do presidente do diretório do partido no Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Biffi, e da comunicação do diretório regional da legenda.
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Leia a matéria completaConforme adiantado pela reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo na semana passada, a carta de desfiliação, que seria apresentada assim que o ministro do STF Teori Zavascki homologasse a delação do senador, estava pronta e é lacônica.
Em uma única linha, somente informa a decisão de se desfiliar da legenda e agradece as “providências necessárias” para a saída dele do partido - do qual é filiado desde 2001.
Na delação divulgada na íntegra a partir de hoje com a homologação, Delcídio implica ou cita a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Michel Temer, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores do PMDB e até da oposição, como o tucano Aécio Neves (PSDB-MG), em supostas irregularidades.
Todos os citados ou envolvidos negam as acusações.
Íntegra do pedido de desfiliação
“Ao senhor Antônio Carlos Biffi,
Presidente do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores do Mato Grosso do Sul
Sirvo-me do presente para informar minha decisão de desfiliação do Partido dos Trabalhadores. Desde já agradeço as providencias necessárias.
Atenciosamente,
Delcidio do Amaral Gomez“
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