Por falta de vagas, a Polícia Federal (PF) pediu que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu sejam transferidos da carceragem da instituição para o Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
“Considerando que as vagas da custódia da SR/PF/PR [Superintendência Regional da Polícia Federal do Paraná] encontram-se próximas do limite aceitável quanto a sua lotação e para que não haja risco iminente a segurança dos presos, faz-se necessário operarmos a transferência de alguns custodiados da denominada Operação Lava Jato”, afirmou o delegado Maurício Moscardi Grillo, em pedido ao juiz Sérgio Moro.
Na último sábado (10), a carceragem recebeu mais um preso, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Segundo Grillo, não há previsão de que os acusados sejam ouvidos em sede policial. Por isso, ao considerar as características da estrutura carcerária, o delegado solicitou a transferência de Cunha, Léo Pinheiro e João Genu.
Eduardo Cunha está na carceragem da Polícia Federal desde sua prisão, no dia 19 de outubro. O ex-deputado federal está sozinho em sua cela. Léo Pinheiro e João Genu já foram condenados na Operação Lava Jato. O ex-presidente da empreiteira OAS já teve sua condenação confirmada em segunda instância e cumpre pena de 26 anos e sete meses.
Léo Pinheiro tentou firmar acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, mas a negociação foi suspensa após vazamento de informações sobre os termos. João Genu, por sua vez, foi condenado por corrupção passiva. O ex-tesoureiro do PP teria recebido R$ 3,1 milhões.
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