A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (21) quatro policiais legislativos do Senado Federal. A suspeita é de que a Polícia Legislativa tenha sido usada para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão de prender os policiais foi determinada pela Justiça Federal de Brasília, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O diretor da Polícia Legislativa Pedro Carvalho Oliveira foi conduzido coercitivamente – quando o investigado é levado a depor obrigatoriamente e liberado. Ele e os subordinados são acusados de usar equipamentos de inteligência para ajudar senadores e ex-senadores alvo de investigações da PGR.
Em um dos eventos, o diretor da Polícia Legislativa teria ordenado atos de intimidação à PF no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em apartamento funcional de um senador – o nome do parlamentar não foi revelado.
A PF cumpre nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo cinco de busca e apreensão, inclusive nas dependências da Polícia do Senado.
Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e seis meses de prisão, além de multa.
De acordo com a PF, a Justiça Federal já determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos no esquema.
A operação foi batizada da Métis, em referência à Deusa da proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.