A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) defendeu nesta segunda-feira (18) mais investigações sobre a morte do presidente João Goulart (1961-64), conhecido como Jango. Pela versão oficial, ele foi vítima de um ataque cardíaco em 1976, época em que vivia exilado na Argentina. Em discurso durante audiência pública da Comissão Nacional da Verdade, Maria do Rosário disse ser "muito clara" a possibilidade de que Goulart tenha sido assassinado. A jornalistas, mais tarde, afirmou que deve ser avaliado se a exumação dos restos mortais do presidente ajudaria na investigação.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) também esteve no encontro e lembrou que a realização de uma autopsia não foi autorizada na época da morte. A família do ex-presidente diz acreditar que ele tenha sido envenenado e afirmou no encontro que há muito atraso da apuração. Os familiares pediram uma série de medidas para elucidar o caso, como o depoimento de autoridades estrangeiras.
A Lei da Anistia, que veta a punição de crimes ocorridos durante o regime até 1979, também foi alvo de críticas na audiência em Porto Alegre.
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), disse que o julgamento no Supremo Tribunal Federal que em 2010 manteve a validade de lei "envergonhou" o país.
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