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O Ministério da Justiça afirmou em resposta a um usuário do Facebook que jihadistas “merecem respeito”, pois podem trazer “progresso ao Brasil”, como “qualquer outro povo”.

Jihad é um termo árabe que originalmente significa “luta” ou “empenho” em disseminar a fé, mas passou a ser usado por radicais islâmicos como convocação para a “guerra santa” – os que atendem a esse chamado e usam da violência são chamados de jihadistas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de imprensa do ministério afirmou que iria fazer a correção da postagem e apurar o que ocorreu.

A resposta do ministério foi publicada em 28 de outubro, dentro dos comentários de um post para divulgar a campanha de combate à xenofobia contra os imigrantes, um assunto que também preocupa a ONU. O lema era “Eu também sou imigrante” e convidava os internautas a fazer parte da iniciativa. “Imigrantes de todas as partes do mundo ajudam a construir nosso país”, diz a campanha.

O internauta Heder Duarte escreveu um comentário no qual dizia que “imigrantes pacíficos são bem-vindos, já os jihadistas deve ser bloqueados de entrar no Brasil”. Em resposta a esse comentário, o Ministério da Justiça afirmou: “Temos de desconstruir alguns conceitos, Heder. Os jihadistas, assim como qualquer outro povo de qualquer outra origem, vem ao Brasil para trazer mais progresso ao nosso país e merecem respeito”.

Na madrugada desta sexta-feira, 6, Duarte publicou uma reprodução da tela com o comentário do Ministério da Justiça, que desde a primeira postagem passou a ser alvo de críticas dos internautas. Em seu perfil no Facebook, ele também compartilhou memes e mensagens contrárias ao PT e ao governo Dilma Rousseff, e sua foto de capa traz uma montagem na qual um exército de legionários com bandeiras do Brasil empurra para um penhasco inimigos com estandartes vermelhos e o desenho da foice e do martelo que simbolizam o comunismo.

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