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Representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, tentam, nesta segunda-feira, delinear uma estratégia para lidar com o programa nuclear iraniano. A reunião ocorre depois de o Conselho passar quase duas semanas discutindo uma declaração que exige do Irã o fim das atividades relativas ao enriquecimento de urânio, suspeitas de serem parte do desenvolvimento de armas atômicas.

A maioria dos 15 membros do Conselho apóia a proposta de Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, mas Rússia e China, que têm poder de veto, resistem a termos que possam levar a sanções e diminuir o papel da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgao da ONU). A proposta ocidental não ameaça o Irã com punições.

Em Washington, uma autoridade norte-americana disse que as conversas teriam como objetivo tentar deixar Rússia e China confortáveis.

- Nós e os europeus os faremos saber que uma guerra não está a ponto de estourar, que sanções não estão a ponto de serem impostas. O que o que estamos pedindo é apenas uma declaração presidencial para pressionar o Irã - disse esse funcionário, que pediu anonimato.

A Alemanha participa da reunião de segunda-feira por ser parte do trio europeu que negocia com o Irã. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha e França.

Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado, disse acreditar que haverá um consenso sobre a proposta "nos próximos dias". Mas o principal objetivo dos seis diplomatas de primeiro escalão é projetar uma estratégia para depois de a declaração ser adotada. O Ocidente quer uma resolução, de cumprimento obrigatório, para que o Irã atenda às exigências da AIEA. Mas não se sabe se haveria oferta de novos incentivos a Teerã.

Estavam presentes na reunião o subsecretário de Estado Nicholas Burns (EUA), os diretores pol!ticos dos ministérios de Relações Exteriores John Sawers (Gra-Bretanha), Michael Schaefer (Alemanha) e Stanislas de la Boulaye, o vice-chanceler Sergei Kislyak (Rússia) e o diretor de controle de armas Zhang Yan (China).

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