Com o apoio declarado do PP, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) passou a ser o favorito para vencer a disputa no segundo turno contra José Thomaz Nonô (PFL-AL) pela presidência da Câmara. Depois de sair de uma reunião com a bancada, o líder do PP na Câmara, José Janene (PR), disse que o partido respeita as dissidências, mas deixou claro que os deputados não estão liberados.

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- A bancada não está liberada, houve uma decisão por uma esmagadora maioria - afirmou.

O deputado Ciro Nogueira (PP-PI), que teve 76 votos no primeiro turno, também fez questão de declarar seu apoio a Aldo:

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- A bancada decidiu e eu sou um homem de partido. Vou declarar meu apoio a Aldo. Existem divergências, mas elas são menores - afirmou.

Indagado se o governo fez alguma oferta em troca do apoio do partido, Ciro respondeu:

- A mim não fez, que eu saiba, não.

Além da maioria dos votos dados para Ciro no primeiro turno, Aldo também deve herdar boa parte dos votos (41) recebidos por Luiz Antônio Fleury (PTB-SP). Em votação informal realizada na bancada do partido, 36 dos 40 deputados presentes deram seus votos para o deputado do PCdoB e os outros quatro, ao pefelista Nonô.

Para garantir a eleição de Aldo, o Palácio do Planalto contou com a participação efetiva do ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, que conversou por telefone com Fleury e Ciro Nogueira. O governo destacou também os ministros das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, da cota do PP, e do Turismo, Walfrido Mares Guia, do PTB, para garantir o maior número de votos de suas respectivas bancadas.

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Antes do resultado final do primeiro turno, a oposição também tentou buscar o apoio dos adversários. O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), e Nonô foram ao gabinete de Ciro antes mesmo do fim da contagem.