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Depois do DEM, o PPS também ameaça romper a já tradicional aliança com o PSDB na eleição presidencial de 2014. Em Curitiba, onde participam neste fim de semana do congresso do PPS, o presidente nacional da legenda, deputado federal Roberto Freire, e o ex-deputado Raul Jungmann, admitiram a possibilidade de lançar candidato próprio na próxima eleição presidencial.

Freire foi mais contido e adotou o tom de que é muito cedo para debater 2014. Jungmann foi mais enfático e afirmou que Freire e Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara Federal e presidente do partido no Paraná, seriam "excelentes nomes para disputar a Presidência em 2014".

Internamente, dirigentes do PPS acreditam que este é o momento de o partido lançar candidatura própria até para se fazer mais presente para o eleitorado. A justificativa do DEM para um suposto afastamento do ninho tucano seria a falta de expectativa de um projeto conjunto de poder com o PSDB. As possíveis saídas do DEM e do PPS da aliança com o PSDB podem significar um esvaziamento da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Crítica

Freire manteve o discurso oposicionista ao comentar a saída do ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PCdoB). "A presidente manteve o ministério com o partido que promoveu todas aquelas irregularidades", disse.

O mesmo tom oposicionista ao governo federal não se repete quando o questionamento é sobre a situação em Curitiba. Na cidade, o PPS é da base do prefeito Luciano Ducci (PSB), cujo partido é da base de apoio do governo Dilma. "Isso é uma questão local e em cada região os acordos políticos têm um peso específico. Não é uma incoerência. Incoerência é o Brasil aceitar a verticalização [quando a coligação nacional deve ser repetida nos estados e municípios]", disse.

Fruet

Outro exemplo da importância das questões locais, citou Freire, foi a decisão do ex-deputado federal Gustavo Fruet de sair do PSDB e se filiar ao PDT para disputar a prefeitura de Curitiba. "Se fosse levar em conta tão somente o cenário nacional, o Fruet não faria esse movimento [sair do PSDB e se aliar ao PDT, partido da base do governo federal]". Para o presidente nacional do PPS, a ida de Fruet para o PDT "não o credencia". "Ele sai de um campo de oposição ferrenha e vai para o campo que era do seu adversário", completou.

Sobre a eleição municipal em Curitiba, Freire disse que o PPS vai lançar candidatura própria e que tudo leva a crer na viabilidade da pré-candidatura da vereadora Renata Bueno para a disputa. "Acho que a candidatura dela já está lançada", afirmou. A intenção do partido é ter candidato próprio para disputar as prefeituras de Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel. "Queremos acabar com as polarizações nas eleições. Nosso partido trabalha para consolidar fortes candidatos nos municípios", declarou Freire.

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