Tido como possível destino para uma candidatura presidencial de Marina Silva, o PPS reagiu classificando como "equívoco" a união dela com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) para o pleito do próximo ano. Apesar das críticas, porém, o PPS deve acabar aderindo à aliança anunciada neste sábado (5).
O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), reuniu-se com a ex-senadora no início da manhã de sábado. Avisado da decisão, disse a ela que tal posicionamento tiraria sua independência amarraria seu futuro e seria um "suicídio político". Marina, porém, argumentou na conversa que sua atitude dá uma resposta ao Palácio do Planalto sobre a acusação de que desejava ser candidata a qualquer custo.
Em entrevista antes do anúncio formal, Freire afirmou que a aliança diminui a oposição. "Nesse momento a Marina não manter o seu projeto e a Rede em construção é um equivoco", disse. "Precisamos ter outras vozes. No primeiro turno é importante que se ofereça pluralismo à sociedade", complementou.
O presidente do PPS afirmou que eventual aliança deveria ser construída apenas no futuro, caso as duas candidaturas não se viabilizassem. Na sua visão, o ideal é ter um cenário com vários nomes para garantir um segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff com chances de derrotá-la.
Apesar de defender uma multiplicidade de candidaturas de oposição, já tinha oferecido o PPS para o tucano José Serra (SP) Freire afirmou que a fragilidade do governo o deixa otimista que a próxima eleição ocorra tendo como mote a "mudança". "Mesmo tendo menos candidaturas, não sou pessimista, porque esse governo é tão incompetente que essa crise vai ser aprofundar e a sociedade vai dar a resposta. A mudança será o prisma da eleição de 2014, não a continuidade como em 2010", disse o presidente do PPS.
Apesar da desilusão de não ter conseguido atrair Marina, Freire deixou escapar que uma aliança futura com Campos e a ex-senadora está no horizonte de seu partido. "No futuro até o PPS pode se aliar", afirmou.
A reunião de Marina com o PPS ocorreu no início da manhã. Além de Freire, participaram o líder Rubens Bueno (PR), os deputados Arnaldo Jordy (PA) e Arnaldo Jardim (SP) e o ex-deputado Raul Jungmann (PE).
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano