A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) protocolou nesta segunda-feira (20) na CPI da Petrobras um pedido de acareação entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava Jato que afirmou ter pago US$ 5 milhões de propina ao peemedebista .
Cunha já havia dado depoimento à CPI da Petrobras em março, no qual negou envolvimento com os fatos e ressaltou que Camargo, em sua delação premiada, não havia denunciado nenhum político com foro privilegiado.
Como a Câmara está em recesso branco, o pedido de acareação só deve ser voltado no retorno dos trabalhos, em agosto.
Para ocorrer, porém, primeiro é necessário que a CPI tome o depoimento de Julio Camargo. A sua convocação já foi aprovada, mas ainda não há data para que ele seja ouvido.
O primeiro a citar o envolvimento de Cunha foi o doleiro Alberto Youssef, também delator, que disse ter recebido relato de Camargo de pressão do peemedebista para o pagamento de propina.
Camargo, inicialmente, não citou Cunha em sua delação, mas, após ser chamado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e correr o risco de ter seu acordo anulado por omitir informações, confirmou a versão dada por Youssef de ter sido achacado pelo agora presidente da Câmara.
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