Depois de reunião para discutir a crise política, líderes do PPS, do PV e do PDT anunciaram que vão convidar todos os partidos que não fazem parte da base aliada do governo, como PFL, PSL, PSDB, PSOL e Prona, para fazer uma avaliação conjunta da situação na próxima segunda-feira. De acordo com o líder do PPS na Câmara, Roberto Freire (PPS-PE), os partidos não vão tomar nenhuma atitude sem buscar um consenso.
Freire afirmou que os partidos não querem o impeachment de Lula, mas que não vão fugir à responsabilidade se isso se tornar necessário. Disse ainda que as revelações do publicitário Duda Mendonça feitas na CPI dos Correios, de que parte da campanha presidencial poderia ter sido paga com dinheiro de caixa dois, serviram para agravar a crise política e ofuscar a denúncia anterior que envolvia o presidente. A denúncia a que Freire se referiu trata de empréstimos que teriam sido feitos a Lula com dinheiro do fundo partidário recebido pelo PT.
Na terça-feira a CPI dos Correios recebeu do Banco do Brasil a confirmação de que foram feitos quatro depósitos no valor total de R$ 29.436,26 em nome do presidente Lula na conta número 13.000-1 do PT, que recebe recursos do Fundo Partidário.
Os depósitos seriam para o pagamento de dois empréstimos do PT concedidos a Lula antes de sua chegada à presidência da República.
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