PR pode voltar à base aliada do governo, diz líder
O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), disse nesta terça-feira (14) que vai consultar as bases do partido para definir se a sigla volta para o governo Dilma Rousseff. Portela e o líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), encontraram-se com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para retomar a discussão
Na conversa que tiveram na tarde desta terça-feira (14) com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, os líderes do PR na Câmara e no Senado, deputado Lincoln Portela (MG) e senador Blairo Maggi (MT), impuseram uma "saia justa" ao governo. Eles condicionaram o apoio do partido ao comando de um ministério no lugar da pasta dos Transportes, que desde julho último, depois da saída de Alfredo Nascimento, está sob a responsabilidade de Paulo Sérgio Passos.
Os parlamentares entendem que Passos, embora filiado ao PR, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff e não os representa, como ocorria com Alfredo Nascimento, que deixou o cargo após uma série de denúncias. O PR tem 39 deputados e 6 senadores, número suficiente para desequilibrar as votações em favor dos dissidentes e da oposição.
O líder do PR no Senado reconheceu que não teria cabimento o governo criar um novo ministério para atendê-los, embora tenha citado a hipótese de o governo desocupar uma das pastas ocupadas pelos partidos aliados mais favorecidos no loteamento de cargos. Mas desconversou quando indagado se falava do PT ou do PMDB. Os líderes pediram à ministra que acerte uma audiência com a presidente Dilma e a consequente resposta à reivindicação até o dia 15 de março.
Blairo Maggi acredita que o desenlace da situação atenderá ambos os lados. "Estamos prontos para voltar e vocês estão prontos para nos receber. Estamos no mesmo baile, então vamos dançar", afirmou. Maggi disse que, pessoalmente, poderia continuar sem ministério, mas entende a posição de seus colegas. "Para mim não incomoda nem um pouquinho estar na situação que estamos", afirmou. "Só que o assunto é mais sensível na Câmara", advertiu. O líder descartou a possibilidade de o PR se contentar com um cargo do segundo escalão, lembrando que "o partido tem tamanho suficiente para receber um ministério".
O senador prevê que na conversa com a presidente da República estará concluído o levantamento que, segundo ele, vai mostrar a "improcedências" das denúncias feitas na gestão do ex-ministro Nascimento. Por essa razão, adiantou que nesse encontro fará questão de ter Alfredo Nascimento a seu lado.
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