Depois do anúncio de que o PR deixava a base aliada e entregava os cargos que ainda ocupava - feito por seu presidente, o ex-ministro Alfredo Nascimento -, o PR explicou na quinta-feira que esse anúncio não significará a entrega imediata de todos os cargos. O termo encontrado pelo partido é que eles estão "à disposição" da presidente Dilma Rousseff e caberá a ela tirar ou não os apadrinhados da legenda. Entregar espontaneamente, o PR não vai.
Um dos líderes da legenda garante que não haverá constrangimento quanto aos políticos que ainda têm afilhados em postos no governo: "Nós não vamos constranger ninguém a entregar nada. Os cargos estão à disposição da presidente, se ela quiser tirar as pessoas que tire e quem quiser sair por conta própria fique à vontade, mas ninguém será obrigado pelo partido a sair".
O movimento inicialmente explicitado de sair da base gerou rachaduras na sigla. Alguns filiados argumentam não ter condições políticas de perder aliados que conseguiram emplacar no governo porque dependem deles para conseguir liberações de obras e outros benefícios para suas bases eleitorais.
Outros, como o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES), consideram a decisão anunciada por Nascimento exagerada. Ele tem um irmão, Maurício Malta, na assessoria parlamentar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Apesar da condescendência com quem ficar, o discurso oficial do partido é que nenhum dos "sobreviventes" à faxina no Ministério dos Transportes terá oficialmente a nomenclatura de cargo do PR. Isso vale também para o ministro Paulo Sérgio Passos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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