PR terá algumas das taxas mais caras do Sul

O projeto de lei que reajusta as taxas do Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR) vai tornar algumas das tarifas cobradas dos paranaenses as mais caras do Sul do país. Levantamento feito pela Gazeta do Povo com 13 serviços muito procurados nos Detrans mostra que, ao menos em sete deles, as taxas do Paraná serão maiores do que as do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Uma das taxas do Paraná – a do curso de reciclagem – vai ficar a mais cara do Sul e do Sudeste. O valor atual, de R$ 65,24, já era o maior cobrado para se fazer o curso nas duas regiões. Com o reajuste, vai para R$ 89,00.

O levantamento não leva em conta possíveis reduções do valor cobrado que devem ser propostas ao projeto de lei hoje, por meio de emendas (a única exceção foi o novo valor do curso de reciclagem – redução de R$ 239,40, no projeto original, para R$ 89,00). No entanto, o comparativo da reportagem revela que a proposta aprovada ontem não promove apenas a equiparação das taxas paranaenses com as de outros estados, como alegava o governo ao enviar a mensagem à Assembleia.O levantamento da Gazeta do Povo mostra que o motorista paranaense vai passar a pagar mais caro que os catarinenses e gaúchos quando tiver de transferir a propriedade do veículo; pelo serviço de lacre da placa do veículo; pelo licenciamento do veículo; pela emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH); pelo primeiro registro do veículo; pela avaliação psicológica; e quando tiver que fazer o curso de reciclagem – necessário quando o motorista perde o direito de dirigir (veja tabela).

"Readequação"

Na mensagem encaminhada para a Assembleia, o governador Beto Richa (PSDB) ressalta que "nos últimos anos não foi editada nenhuma lei no sentido de atualizar as taxas cobradas pelo Detran" e que, por causa disso, seria necessário a "readequação" dos valores.

Richa destaca ainda que, apesar do reajuste nas tarifas, os valores praticados pelo Detran paranaense ficarão ainda abaixo dos cobrados por outros estados. A comparação, no entanto, foi feita com apenas quatro serviços. Um dos exemplos apresentados pelo governo foi o da tarifa do licenciamento anual – que sobe de R$ 30,99 para R$ 58,14. No projeto, a comparação foi feita com os estados de Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

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