Principal defensor de reajuste zero para o funcionalismo, o secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, afirmou, nesta quinta-feira (11), que o Paraná terá de crescer acima da inflação nos próximos dois anos para garantir a projeção de reposição salarial aos servidores até 2017. Além disso, segundo ele, a proposta em votação na Assembleia Legislativa e as alterações nos projetos já aprovados pelos deputados vão reduzir a meta de R$ 5 bilhões para investimentos em 2016.
Pelos cálculos da Fazenda, o reajuste de 3,45% neste ano vai custar R$ 178 milhões aos cofres públicos. Já a reposição do IPCA prevista para 2016 e 2017 – ano em que também será pago um adicional de 1% – terá impacto de R$ 2,01 bilhões e de R$ 3,3 bilhões, respectivamente.
Na avaliação de Costa, será um desafio conseguir crescer acima da inflação− projetada, por ora, em 5,5% em 2016 − e, assim, não comprometer toda a receita com o pagamento de pessoal. “Estamos tomando uma série de medidas para incrementar a nossa receita de tal forma que possamos crescer mais do que o comprometimento das despesas com pessoal e, com isso, criar folga para investimentos no estado”, afirmou. “É um desafio, sim, mas possível [de superar]. Não dá para você arrecadar tudo para pagar pessoal e deixar de cumprir a obrigação de aplicar os recursos públicos em benefício de 11 milhões de paranaenses”.
Ao comentar o reajuste oferecido aos servidores, Costa voltou a dizer que o governo “não poderia dar nada” de reposição salarial. Segundo ele, é impossível oferecer mais que os 3,45% a serem pagos em outubro deste ano, uma vez que o estado terá de fazer um “esforço adicional” na entrada de receitas para não deixar restos a pagar para o ano que vem.
“O estado está na situação atual exatamente pelos aumentos salariais concedidos de 2011 a 2014, que levaram a um crescimento de R$ 8 bilhões nas despesas com pessoal”, disse. “É importante que os servidores olhem esses cinco anos e não apenas um ano. Se somarmos desde 2011, eles continuarão com um aumento real superior a 30%.”
Outro desvio forçado da rota traçada pelo secretário no início da gestão diz respeito à capacidade de investimentos. “Com todas essas mudanças, ainda estamos avaliando o valor para 2016, até porque está havendo uma queda na atividade econômica em todo o país.”
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