O PR vai ser o primeiro partido a lançar oficialmente a candidatura do deputado petista Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara. O ato oficial de adesão e de engajamento na candidatura de Marco Maia foi marcado para a próxima terça-feira durante um jantar, numa casa de eventos do Lago Sul, em Brasília.
Para ser o primeiro partido a fazer o ato formal de lançamento da candidatura de Marco Maia, a direção do PR convenceu o líder do partido, Sandro Mabel (GO), a desistir da candidatura. O argumento foi simples: ele poderia jogar fora a reeleição garantida para a liderança e se lançar numa aventura que poderia não resultar em nada.
De acordo com informação de parlamentares do PR, o partido concluiu que se mantivesse a candidatura dissidente à presidência da Câmara estaria correndo o risco de se tornar um instrumento de pressão do PMDB, que batalha para manter seus cargos no segundo escalão do governo.
Segundo esses parlamentares, o PR não quer atrapalhar a administração da presidente Dilma Rousseff de nenhuma forma. Tanto é que a direção partidária vetou a entrada do partido num bloco que seria formalizado pelo PMDB em fevereiro e em nenhum momento o partido se apresentou na luta por cargos.
O PR tem um bom quinhão no governo. Além do Ministério dos Transportes, com orçamento de R$ 21,1 bilhões para este ano, o PR controla também o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com orçamento de R$ 14,7 bilhões. O partido tem ainda a chefia da Companhia Docas da Bahia (Codeba), além de outros órgãos menores. A legenda foi também a primeira a lançar a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência, antes mesmo que o PT.