O prazo para a renúncia dos três senadores envolvidos na máfia dos sanguessugas está causando divergências no Conselho de Ética do Senado. O presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), entende que os senadores Magno Malta (PL-ES), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT) têm até segunda-feira para renunciar. Já o vice-presidente, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), acredita que eles não podem mais deixar seus cargos, uma vez que já estão apresentando suas defesas e os processos foram protocolados.
João Alberto, porém, entende que eles têm até segunda-feira para apresentar suas defesas e, consequentemente, poderiam renunciar.
Outro ponto de discordância entre os senadores foi uma declaração do presidente do Conselho na quarta-feira afirmando que o empresário Luiz Antônio Vedoin, acusado de ser o chefe da máfia das ambulâncias, não tinha credibilidade, o que deu a entender que ele não abriria os processos. João Alberto recuou e disse que o processo não acabaria em pizza. Ele confirmou nesta quinta que na terça-feira daria a palavra final sobre o caso e a tendência seria dar prosseguimento ao processo.
Apesar do recuo, Demóstenes Torres ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso João Alberto decidisse não abrir os processos por quebra de decoro parlamentar dos senadores acusados.
- A denúncia e as declarações do Vedoin estão tendo peso tanto para o Ministério Público quanto para a Polícia Federal, que estão investigando. O Conselho não pode arquivar só porque são senadores. O Senado não pode fechar os olhos para as denúncias - disse Demóstenes.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Deixe sua opinião