Propaganda antecipada
Oposição denunciará Dilma e Lula
A oposição ao governo Lula vai fazer nova denúncia contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por propaganda eleitoral antecipada durante inaugurações realizadas anteontem em Minas Gerais. PSDB, DEM e PPS vão protocolar hoje a representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido de aplicação de multa à ministra, pré-candidata à Presidência pelo PT, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O deboche com que o presidente da República trata o regime de leis do país é algo inusitado, nunca visto na história do Brasil. Nunca tivemos uma falta de vergonha como essa", disse o presidente do PPS, Roberto Freire.
Na quarta-feira, Dilma e Lula inauguraram um câmpus universitário em Araçuaí (MG) e a barragem de Setúbal, em Jenipapo de Minas (MG). Nesta última, a cerimônia de inauguração contou com o serviço de um dos mais tradicionais buffets de Belo Horizonte, o Celia Souto Mayor.
As cerca de 3.000 pessoas que compareceram à cerimônia, organizada pelo governo federal, tiveram à sua disposição canapés, hambúrgueres e salgados. Refrigerante e água mineral gelados também eram oferecidos à população de Jenipapo de Minas e municípios vizinhos, em seis mesas montadas sob a tenda erguida exclusivamente para a cerimônia de inauguração da obra. Em seu discurso, o presidente disse que vai inaugurar "o máximo de obras possível" até março, antes que Dilma deixe o governo federal para disputar as eleições.
Folhapress
A nove meses da eleição, a pré-campanha presidencial começou definitivamente a entrar no nível da baixaria com troca de ofensas, ironias e acusações mútuas entre petistas e tucanos. O PSDB chamou ontem a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, de mentirosa e dissimulada. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), divulgou ontem duas notas em resposta à ministra, que, na véspera, acusou tucanos de pretenderem acabar com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método", diz a nota, referindo-se ao episódio do ano passado em que a ministra foi obrigada a reconhecer que não concluiu os cursos de mestrado e doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Campinas.
"Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff", disse Guerra na nota.
O comando do PT, por sua vez, acusou os tucanos de não apresentarem propostas para o país. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que o PT vai mostrar na propaganda eleitoral gratuita todos os benefícios que os projetos do PAC trouxeram ao Brasil e que se os tucanos não recuarem em relação às críticas ao programa "vão perder votos".
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, acusou em nota o PSDB de estar "descontrolado" e disse que o partido adversário perdeu "a oportunidade de ficar calado".
A nota de Berzoini rebatia críticas a Dilma feitas pela senadora tucana Marisa Serrano, vice-presidente do PSDB. A senadora classificou o PAC como um "slogan publicitário". "A nota assinada pela senadora reflete o dilema tucano: quer se opor às legítimas manifestações de nossa pré-candidata, a ministra Dilma Rousseff, mas escorrega na aprovação do governo que Lula lidera, Dilma coordena e o povo brasileiro aprova", afirma Berzoini.
A nota de Berzoini também foi respondida por Sérgio Guerra. O tucano disse que o PT é "doutor em terrorismo eleitoral" ao tentar espalhar o temor de que o PSDB vai acabar com programas do governo federal caso vença a eleição. O governador de São Paulo e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra (PSDB), foi um dos poucos tucanos a evitar polêmicas. "Não é fácil escapar do bate-boca pré-eleitoral, mas eu não entrarei nesse bate-boca", disse ele.
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