Ao falar nesta sexta-feira (11) sobre a sua pré-candidatura para disputar a Presidência da República pelo PMDB, o ex-governador do Paraná Roberto Requião criticou o programa de governo do partido. "Não temos um programa. Aquilo propõe, em poucas páginas, apenas a independência do presidente do Banco Central. De resto, o PMDB se propõe somente a discutir determinadas políticas. O que é isso? Ninguém ganha eleição se propondo a discutir", disse Requião, que concorrerá amanhã (12) na convenção nacional da sigla, em Brasília.
O ex-governador paranaense afirmou que sua pré-candidatura foi imposta à Executiva Nacional do PMDB. "Não há acordo. O que há é uma imposição regimental do partido. Não se trata de acordo, mas de exercício de direito de um filiado do PMDB. Se eles não aceitassem, eu e o [senador] Pedro [Simon] iríamos impugnar essa convenção." Ele acrescentou não ter medo de rachar o partido com sua entrada na disputa. O ex-governador disse ainda que seu currículo é melhor que o da ex-ministra e pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff.
Requião foi autorizado pelo partido a concorrer na convenção nacional deste sábado, disputando com Antônio Pedreira (DF) a indicação para ser o candidato da sigla ao Palácio do Planalto. O PMDB também votará a proposta que prevê a coligação com o PT para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff, com o deputado Michel Temer (SP) como vice da chapa.
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