O paranaense Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, deu um bom exemplo na reunião do PT, em Brasília, que reconduziu Ricardo Berzoini à presidência do partido. Os ministros Nélson Machado (Previdência), Matilde Ribeiro (Políticas de Promoção da Igualdade Social) e Walfrido Mares Guias (Turismo) chegaram e saíram do evento em carros oficiais dos ministérios. Paulo Bernardo foi de táxi.
Articulação O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), obteve ontem o apoio do governador Roberto Requião (PMDB) à sua reeleição para o cargo. Em conversa por telefone, Requião disse que vai trabalhar junto à sua bancada na Câmara para eleger Aldo Rebelo no dia 1.º de fevereiro. Com Requião, são pelo menos 13 os governadores que defendem a reeleição de Rebelo para os próximos dois anos.
Presença Roberto Requião (PMDB) foi um dos poucos governadores que participaram da solenidade de posse do presidente Lula (PT), em Brasília. Dos 27 governadores, apenas 6 estiveram na cerimônia. Para Requião, a falta de quórum foi produto das circunstâncias e não da falta de prestígio presidencial. "Eu mesmo tive de interromper os cumprimentos na cerimônia de minha posse no Paraná para chegar a tempo", disse.
Ano-novo Requião, antigo crítico da política econômica de Lula, tem dado sinais de que os tempos realmente são outros. "Vim (a Brasília) porque gosto do Lula, sou amigo dele e tenho esperanças de que este governo aprofunde as coisas boas do governo passado", afirmou Requião. "Não entro nesta de que o Brasil não cresceu nos últimos quatro anos."
Déficit O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), reuniu-se com o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, para saber o que ainda estava pendente entre o Legislativo e o Executivo. Ouviu de Iatauro que ainda há algumas mensagens urgentes do governo para entrar em votação.
Extra Na sexta-feira, Hermas Brandão decide se haverá sessão extraordinária, que pode ocorrer na semana que vem. Os vetos do governador Roberto Requião ao orçamento 2007 também devem ser discutidos na Casa.
Sufoco O líder do prefeito na Câmara de Curitiba, vereador Mário Celso Cunha (PSDB), teve um fim de ano difícil. Na metade de dezembro, foi internado no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, para tirar pedras dos rins. Nas vésperas do réveillon, foi parar na UTI com pneumonia. Em recuperação, o vereador deve receber alta até domingo.
Livre O prefeito de Maringá, Sílvio Barros, anunciou ontem que pediu sua desfiliação do Partido Progressista (PP). Segundo ele, o objetivo é ter mais facilidade para realizar a reforma do secretariado. "Todo cargo público acaba sendo resultado do processo político", disse. "Quero atrair pessoas interessadas em trabalhar por Maringá, mas que possam estar inibidas pelo elemento político."
Mudança Barros disse que deve mudar, no mínimo, sete secretarias. Já estão confirmadas quatro mudanças: Comunicação, Esporte, Educação e Meio Ambiente. O prefeito não estipulou data para anunciar os novos secretários e nem quando irá se filiar a um novo partido. Ele também ressaltou que sua atitude não está ligada a tentativa de se reeleger nas eleições municipais em 2008.
Pinga-fogo
Membros do primeiro escalão sentiram a ausência de representantes da prefeitura de Curitiba na posse do governador Roberto Requião (PMDB) O vice-prefeito Luciano Ducci (PSDB), que esteve do lado requianista no primeiro turno das eleições, ficou de representar a administração municipal, mas não compareceu A vereadora Nely Almeida (PSDB) pediu ao presidente do PSDB municipal, João Cláudio Derosso, a adoção de políticas públicas voltadas para as mulheres Segundo Nely, que é a nova líder dos tucanos na Câmara, a participação feminina na política ainda é pequena Na eleição de outubro, o porcentual obtido pela bancada feminina no Brasil chegou a 11,5%, longe da cota de 30% prevista pela legislação eleitoral.
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"O Brasil tem indicadores fantásticos, a balança comercial tem dado saltos extraordinários, com todas as condições, portanto, para baixar os juros."
Paulo Bernardo (PT), ministro do Planejamento.
"O que a população brasileira pode esperar para o ano de 2007 em termos de desenvolvimento socioeconômico? Depois de analisar exaustivamente o orçamento e as últimas medidas do governo Lula, chegamos à conclusão de que a economia ficará estagnada."
Eduardo Sciarra (PFL), deputado federal.
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