A cidade de Colombo, na Grande Curitiba, viveu um impasse político durante todo o período pós-eleitoral. A vencedora da eleição de outubro para a prefeitura, Beti Pavin (PSDB), teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral e os moradores ficaram sem saber quem seria o novo prefeito. O cargo acabou sendo ocupado na última terça-feira, de forma interina, pelo presidente da Câmara Municipal, José Renato Strapasson, o Pelé (PTB) eleito para comandar o Legislativo. Uma das primeiras decisões de Pelé foi fechar as portas da prefeitura durante toda a última semana para montar a equipe de governo. Outra foi chamar Beti Pavin para auxiliá-lo na administração da cidade.
VÍDEO: prefeitura está de portas fechadas
Beti, que ainda recorre na Justiça da decisão que barrou sua candidatura, pertence ao mesmo grupo político de Pelé. Ela diz que está participando da gestão municipal como voluntária. "O prefeito em exercício foi eleito vereador dentro de um projeto nosso, conjunto", diz ela. "Como ele foi eleito interinamente para estar aqui até a decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral sobre a candidatura de Beti], ele me convidou para que eu estivesse aqui, para que, juntos, a gente possa fazer as escolhas definitivas para o futuro da cidade. Eu estou como voluntária. Ele convidou e eu aceitei."
Para o candidato que concorreu contra Beti nas últimas eleições, José Vicente de Lima (PSC), a influência exercida por ela sobre o prefeito interino vai contra a decisão da Justiça que barrou a posse de Beti como prefeita. "Mesmo com uma lei de iniciativa popular, como a Lei de Ficha Limpa, a gente vê essa situação. Na prática ela está como prefeita", reclama Lima. "Mesmo inelegível, ela assumiu a prefeitura. Tanto é que os secretários nomeados são pessoas de confiança dela como a prima, que foi nomeada Secretária de Educação, e o irmão, na Secretaria de Administração. Quase todas as pessoas nomeadas são pessoas indicadas por ela. Na prática, ela é a prefeita."
O presidente da Câmara deve permanecer no cargo de prefeito até que o TSE decida, em definitivo, se Beti pode ou não assumir a prefeitura. O julgamento ainda não tem data para ocorrer.
Enquanto a cidade aguarda uma decisão do TSE para definir seu futuro prefeito, o presidente da Câmara de Vereadores foi empossado no cargo. Para auxiliá-lo, convidou a candidata eleita pela maioria dos votos, que não pode assumir por problemas na Lei da Ficha Limpa.
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