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Logo após ter sua pré-candidatura oficializada, o prefeito Beto Richa adotou um discurso tipicamente eleitoral. Fez sua primeira promessa como pré-candidato ao governo: reverter a situação desfavorável dos repasses federais ao Paraná. E deu uma boa notícia para o eleitorado curitibano, o maior do estado: prometeu não aumentar o preço da passagem de ônibus na capital.

No discurso de abertura do ano legislativo na Câmara de Curitiba, o tucano afirmou que o Paraná tem sido historicamente desfavorecido pela União nos repasses de recursos e afirmou que "é hora de reverter essa situação". Ele ainda citou um caso concreto: o financiamento o metrô de Curitiba pelo governo federal. "Essa discriminação centenária não se repetirá nesse caso (no do metrô)", disse. Na se­­­mana passada, os baixos repasses da União ao Paraná causaram desentendimentos entre a bancada paranaense no Congres­­­­so, o go­­­vernador Roberto Requião e o ministro do Planeja­­­mento, Paulo Bernado.

Richa ainda assegurou que o preço da passagem de ônibus, atualmente em R$ 2,20, não vai subir – mesmo com o reajuste de 4,5% nos salários de motoristas e cobradores, acertado neste mês, e com o déficit de caixa da Urbs (a arrecadação com a tarifa não vem cobrindo os custos do sistema).

Apesar do clima de festa que cercou a ida do prefeito à Câmara, ontem à tarde, ele teve de enfrentar a pressão de guardas municipais em greve, que tomaram as ga­­­lerias e a entrada do prédio pedindo aumento salarial. Pela manhã, os guardas já haviam protestado em frente ao Hotel Bourbon, onde o PSDB realizou encontro para oficializar a pré-candidatura do prefeito.

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