O prefeito e o vice de Palmas, no sudoeste do estado, conseguiram liminar para continuar na prefeitura até que recebam parecer final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) em junho deste ano, acusados de compra de votos nas eleições do ano passado. A decisão da liminar foi publicada nesta quarta-feira (7).
João de Oliveira (PMDB) e Nestor Mikilita (PTB) foram acusados de mandar funcionários visitarem a casa de eleitores e oferecer vantagens em troca de votos. A ação foi movida em outubro de 2012 pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) junto com a Coligação Unidos por Palmas, da oposição.
Eles chegaram a ser inocentados na Zona Eleitoral da região, mas foram condenados depois pelo TRE. O processo ainda não chegou ao TSE, por isso não há previsão de quando será decidido.
17 prefeitos cassados
O número de prefeitos com mandatos questionados pela Justiça já chega a 17 em todo o estado, a menos de oito meses desde que assumiram as prefeituras.
A título de comparação, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) do ano passado levantou que 20 dirigentes municipais do estado foram afastados do cargo entre 2008 e 2012. Na época, o Paraná foi apontado como o terceiro estado com mais prefeitos com mandato interrompido.
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