O novo prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse, nesta quinta-feira (1º), logo após tomar posse na Câmara dos Vereadores, que com as medidas de ajuste adotadas em sua administração, pretende economizar cerca de R$ 1,5 bilhão no orçamento de 2009.

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"São medidas que buscam organizar a cidade, as finanças públicas. Vivemos um momento delicado, não tivermos acesso ao fluxo de caixa da prefeitura, mas certamente vamos ter reflexos da crise internacional, que começam a ser sentidos no Brasil. Portanto, fizemos alguns contingenciamentos", afirmou. Segundo ele, algumas medidas foram assumidas durante o processo eleitoral, como o fim da aprovação automática e do aterro de Paciência. Paes garantiu que não pretende aumentar a carga de impostos do contribuinte.

"Vamos trabalhar nessa direção. Tudo que a gente não precisa agora é de aumento de impostos. Vamos ampliar a arrecadação da cidade ampliando a base", disse.

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Contratos suspensos da Cidade da Música

Ele afirmou ainda que os contratos de fornecimento e serviços da Cidade da Música, obra polêmica de seu antecessor Cesar Maia, serão suspensos.

"Nós tomamos a decisão de fazer uma auditoria na obra, que tem um valor muito alto e, segundo consta, existem valores ainda a serem pagos. É importante que se diga que, apesar da discordância política, a obra vai ser concluída e vai servir à população, mas não é admissível que se pague mais qualquer conta ali sem que se tenha uma auditoria, uma checagem nos gastos que foram feitos até agora."

Entre as medidas anunciadas pelo prefeito está a revogação do decreto que permitia a aprovação automática na rede municipal de ensino e a cria novas regras para posse em cargos de confiança. A medida vale para os servidores de cargo em comissão, funções gratificadas e empregos de confiança tanto na administração direta quanto na indireta.

Bilhete único

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Logo depois de tomar posse como prefeito do Rio, na Câmara dos Vereadores, no Centro, Eduardo Paes apresentou um conjunto de medidas determinando mudanças nos quadros da educação, saúde, e em outras áreas da administração municipal. Paes ainda adiantou que encomendou um estudo para implantação do bilhete único, que permite que uma mesma passagem possa ser usada em trens, ônibus e metrô.

O prefeito determinou também o retorno imediato de professores, profissionais de saúde e guardas municipais que estejam cedidos a outros órgãos.

Dirigindo-se ao presidente da mesa diretora, vereador Jorge Felippe (PMDB), que é seu aliado e a quem chamou de "querido amigo" convocou os vereadores para o compromisso de aprovar o Plano Diretor no primeiro semestre deste ano.

O prefeito do Rio, Cesar Maia, que deixou a prefeitura após 12 anos, não participa da transmissão de cargo. Cesar sugeriu que o ato ocorresse durante um café-da-manhã ou em solenidade na Cidade da Música, opções rejeitadas por Eduardo Paes.

Posse de vereadores

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Os 51 vereadores do Rio tomaram posse em sessão solene nesta quinta-feira (1º), na Câmara Municipal, no Centro. A cerimônia foi presidida pela vereadora mais votada nas eleições, Lucinha (PSDB).

Todos assinaram o termo de responsabilidade de posse e fizeram o juramento de comprometimento com os deveres de parlamentares.

A Mesa Diretora foi escolhida por unanimidade. O novo presidente da Câmara é Jorge Felippe (PMDB), o primeiro vice-presidente é Stepan Nercessian (PPS), e o segundo vice-presidente é Carlos Caiado (DEM).

Com um vereador a mais que a legislatura passada, o custo extra por ano fica em R$ 3 milhões.

Dois vereadores são investigados

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Nas últimas eleições, o Superior Tribunal Eleitoral determinou que as Forças Armadas ocupassem 27 comunidades por causa da suspeita de formação de currais eleitorais.

Eleitores cariocas estariam sendo pressionados, pelo tráfico de drogas, ou pelas milícias, a votar em um candidato escolhido pelos criminosos.

Dois vereadores que se elegeram estão sendo investigados pela polícia. Carminha Jerominho (PMDB), chegou a ser presa durante as eleições, é suspeita de ter ligações com uma milícia que atua em Campo Grande, na Zona Oeste. Cristiano Girão (PMDB), também é suspeito de envolvimento com as milícias. Ele comandaria o grupo que atua na comunidade da Gardênia , também na Zona Oeste. Todos negam qualquer participação em atividade criminosa.