Jaguariaíva Poucas horas depois de ser reconduzido ao cargo, no último dia do ano, por determinação do Tribunal de Justiça, o prefeito de Jaguariaíva (Norte Pioneiro), Paulo Homero da Costa Nanni (PMDB), foi afastado do cargo pela sexta vez consecutiva. A decisão foi tomada pela juíza titular da Vara Cívil da comarca de Jaguariaíva, Laryssa Angélica Copacki Muniz, que deferiu pedido do Ministério Público Estadual.
São oito os processos ajuizados pelo MP pedindo o afastamento do prefeito por supostas irregularidades administrativas. O argumento da juíza é de que ele deve ficar longe da cadeira de prefeito para não atrapalhar as investigações.
O advogado do prefeito, César Augusto de Mello e Silva, disse ontem que vai ingressar na Justiça pedindo a suspeição da juíza da comarca. Segundo ele, a magistrada está atuando de forma parcial nos processos em que atua. O pedido também é extensivo a todos os membros do grupo de trabalho de Ibaiti formado por promotores da região que atuam em procedimentos contra irregularidades cometidas em administrações municipais.
O prefeito afastado criticou a forma como o MP e a juíza agem. "Esta última liminar, por exemplo, foi concedida no dia 18 de dezembro, dois dias antes da juíza sair de férias. O cartório e o oficial seguraram a intimação, que só tomou conhecimento na manhã do último sábado, dia 29, depois de o Tribunal ter derrubado três liminares da magistrada, determinando a minha recondução", afirma Nanni. César de Mello vai ingressar com novo recurso de agravo de instrumento e pedido de suspensão da liminar para que o prefeito seja reconduzido ao cargo.
Nanni responde a 29 processos judiciais. Entre os casos que estão sendo investigados pelo Ministério Público, está a compra de um balcão, no valor de R$ 8 mil, e uma poltrona, que custou quase R$ 3 mil e ninguém sabe onde está. Licitações feitas com empresas pertencentes à mesma família também estão no foco das investigações. A oposição estima em R$ 4 milhões o montante desviado pela gestão de Nanni.
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